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QUANTO TEMPO VOCÊ PRECISA PARA SE APAIXONAR?



Quanto? Um segundo, um dia, um ano? Há quem diga que encontrou a paixão de sua vida ao atravessar a rua. Outro diz que encontrou ao pegar uma carona. Há quem diga que se apaixonou depois de uma linha cruzada ao telefone como era comum antigamente. Tem gente que conhece alguém e desse dia em diante nunca mais se separa. Oona conheceu pessoalmente Charles Chaplin, 36 anos mais velho que ela, quando foi à casa de uma amiga fazer um teste para um filme dele, nunca mais se separaram. 

Há quem se apaixone por pessoa que nunca encontrou. Soube de um sujeito do Piauí que se apaixonou perdidamente por uma dançarina do Faustão e quase enlouqueceu depois que ela deixou o programa. Uma vizinha nossa na Paraíba, casada, se apaixonou por Silvio Santos e só não foi embora atrás dele porque os filhos não deixaram. Há quem se apaixone por uma foto antiga como no filme “Em algum lugar do passado”, e tem um amigo meu que está apaixonado pela Rosemary cantando “Que bom seria”, num vídeo de mais de 40 anos que rola do YouTube.

Outras pessoas passam a vida inteira e não fazem o encaixe, demonstram pouco apreço pela paixão, ou medo de se entregar. Diante de sete bilhões de pessoas e a criatura não encontra seu par, deve ser porque tem um grau de exigência muito elevado. Não estou falando dessas que vivem solteiras porque não deram certo, muitas certamente se apaixonaram mais de uma vez, mas não rolou. Falo daquelas que dizem: nunca me apaixonei.

No interior era comum, deve ser ainda, do sujeito se acasalar com animais. Alguns devem ter tido paixão louca pelos bichos. No filme Mediterrâneo há um caso assim, um soldado que vai pra guerra, mas leva sua jumenta, logo se percebe é sua companheira.    

Mas porque todo esse blábláblá? Essa conversa de cerca Lourenço?

É que ando preocupado com o destino da nossa espécie. Vi numa reportagem que no Japão tem uns caras se apaixonando por bonecas infláveis, um sujeito chegou mesmo a querer casar com a dele com papel passado e tudo. O que me preocupa mesmo não é o cara se apaixonar por um pedaço de borracha, mas é saber que as pessoas ao seu redor estão achando normal. Quando o ser humano chega a essa condição, o que se pode esperar da humanidade?  

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