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Mostrando postagens de maio, 2020

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NOSSA CASA

Antes a Terra inteira era nossa casa, desfrutávamos dela como iguais entre as coisas e os outros animais. Tratávamos tudo e todos como iguais, mesmo que fôssemos obrigados a comer alguns para sobreviver, mas também fazíamos parte da cadeia alimentar, fazia parte do jogo.  Certamente que não era fácil, mas sabíamos nosso lugar, caçávamos o que podíamos e corríamos para não sermos caçados. Vivíamos na maior adrenalina, e pensávamos como os frequentadores dos Alcoólicos Anônimos, "mais um dia!" Ganhando cada dia como se fosse o último. Se trovejava corríamos para a toca tremendo de medo, sem saber o que fazer. E quando o dia era lindo, também não podíamos dar bobeira, precisávamos correr literalmente atrás de nosso almoço. Mas o planeta era nossa casa.  Conversávamos com uma montanha como se fosse um parente próximo, entendíamos seu bom, ou seu mau humor, como ela entendia o nosso. Assim fazíamos com as árvores, os rios, as ondas do mar, com as nuvens, conhecíamos ao

UM PAÍS PARA NÃO DAR CERTO

Nenhuma nação vive a tragédia dessa pandemia como a nossa. Como se não bastassem as mais de 20 mil mortes já computadas, e um prognóstico de ultrapassarmos esse número duas, três, quatro vezes, muitas delas poderiam ser evitadas se nossos representantes não tivessem preocupados apenas com seus desmandos. Não usassem a pandemia para continuar roubando o povo com hospitais de campanha superfaturados, equipamentos comprados e não entregues, apesar do absurdo dos preços contratados, ou, quando não, inadequados para o combate ao vírus, que nem salvam vidas e expõem o pessoal da saúde ao contágio. O governador do Rio de Janeiro não entregou os hospitais que prometeu, nem na quantidade, nem com os equipamentos e pessoal que deveria, mas tem autorizado sua polícia a entrar nos bairros populares atirando e ceifando a vida de inocentes. Ao mesmo tempo a justiça libera bandidos perigosos da cadeia com a desculpa do contágio. Tudo isso enquanto vemos carreatas de tresloucados pedindo a aber