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Mostrando postagens com o rótulo Memória e Reflexão

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POR UM FUTURO MAIS JUSTO!

O Dia do Trabalho, também conhecido como Dia do Trabalhador ou Primeiro de Maio, é comemorado em muitos países. Este dia é dedicado a honrar os trabalhadores e suas contribuições para a sociedade. A data tem origem histórica importante e é um motivo da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e justiça social. A história do Dia do Trabalho remonta ao final do século XIX, quando o movimento trabalhista estava ganhando força em muitos países. Na época, as condições de trabalho eram frequentemente desumanas e perigosas, com longas horas de trabalho e pequenos intervalos. Os trabalhadores se uniram para exigir melhores condições e proteções, incluindo a redução da jornada de trabalho para oito horas por dia. Em 1º de maio de 1886, milhares de trabalhadores em Chicago, nos Estados Unidos, organizaram uma greve geral para exigir uma jornada de trabalho de oito horas. O movimento culminou em um conflito violento entre os trabalhadores e a polícia, conhecido como a Revolta

Há 41 anos um Cristo de jeans num jardim da Tijuca

  Estamos há 41 anos da estreia de nosso espetáculo O Homem de Nazaré – A Via Sacra de Hoje , nos jardins do SESC da Tijuca, com elenco de mais de 80 integrantes. Ocorreu exatamente no Domingo de Ramos, em 31 de março de 1983. Fizemos sempre cinco sessões, do Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa. De lá para cá foram muitas montagens, às vezes em mais de uma cidade ao mesmo tempo. Já são mais de 50 deferentes montagens em espaços livres, praças públicas, complexos penitenciários, plataformas de extração de petróleo e igrejas, menos nestas, certamente porque exercitamos nossa liberdade poética acrescentando ao texto bíblico outros mais condizentes com os nossos dias, fazendo uma ponte entre os dias em que Cristo viveu e os nossos, da mesma forma, tão conturbados. Sob as vestes de época os atores vestiam jeans, a trilha sonora ia de Johann Sebastian Bach até Asa Branca , de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, na versão de Cussy de Almeida, passando por Sagração da Primavera, de Stravinsk

2022 - UNIÃO E OLHO VIVO!

Apesar do drama político, econômico e social que o país vive, em especial no Rio de Janeiro, entregue aos corruptos e as milícias, devemos olhar para 2022 com esperança, mesmo que a nuvem da desesperança empalideça o horizonte. Este ano comemoramos dois marcos importantes para nossa história e nossa cultura, os 200 anos da Independência e os 100 anos da Semana de Arte Moderna, que revolucionou e moldou nossa identidade como nação. A Semana de 22 sacolejou a arte, a música e a literatura, mas foi além, colocou nossa miscigenação na ordem do dia, misturou os contrários e subverteu a ordem das coisas, revelando para a nação e para o mundo uma face pródiga, moderna, auspiciosa, de gente grande. As maiores cabeças do Brasil são protagonistas de 22, estiveram nas franjas do movimento, ou são filhas e netas da Semana. Como são os movimentos Bossa Nova, Cinema Novo e o Tropicalismo, momentos ímpares que nos representa e nos identifica no mundo. Desses movimentos saíram os artistas e inte

TRÊS EM UM

 Antes ele era apenas meu filho, primogênito, e eu já era feliz por isso. Com ele descobri outro tipo de amor, que só pais que amam seus filhos conhecem. Depois dele entendi melhor o amor de minha mãe, de meus avós e de meu pai que morreu tão cedo. Aprendi muito com ele e achei que não cometeria os mesmos erros que cometi se tivesse outro. Ledo engano, os erros que cometi com ele evitei com o segundo, mas cometi outros. É a sina dos pais que amam. Depois ele se formou em educação física e se tornou mais um para mim, virou meu personal trainer , meu orientador e preparador corporal nas difíceis tarefas que tenho que enfrentar profissionalmente como ator, especialmente na atuação em Grande Sertão Veredas . Agora ele se formou em nutrição, meu nutricionista, já vinha me orientando é verdade, mas agora fará como profissional, orgulhoso por ter concluído duas graduações, uma seguida da outra, com aproveitamento acima de 9, em todas as matérias, nos dois cursos. Essa é a t

O QUINTAL DE MINHA CASA

(Revivendo 2014) O alpendre da casa de minha mãe, casa onde nasci. Atrás o quintal onde cresci. Onde fui senhor de um reino de cajueiros, mangueiras, laranjeiras, jaqueiras, bananeiras, pitombeiras e de um pé de jamelão que a gente denominava oliveira. Onde fui mocinho e bandido. Zorro, Tarzan, Rock Lane, Durango Kid... Espadachim em luta contra o "pirata da perna de pau, do olho de vidro, da cara de mau...", como dizia a marchinha de carnaval que tanto gostava. Onde fui Beline da Seleção e Ribeiro, do Tabajara Esporte Clube, time local que há muito acabou, em cuja sede brinquei nas matinês de meus primeiros carnavais. Quintal onde tentei andar no arame como faziam os equilibristas dos circos que passavam pela cidade e me encantavam. Dos circos eu gostava mais da segunda parte, que apresentavam um drama, era a programação dos circos pavilhões. Eu gostava mesmo de ver os palhaços e na segunda parte "A louca do jardim", "A Canção de Bernadete&

AS CIDADES E OS MENINOS

Quando eu era criança minha cidade tinha outros limites. A leste o fim do calçamento da Rua da Carreira. Quem correu tanto para que justificasse o nome? Ninguém nunca explicou. A oeste o final do calçamento da Rua da Cruz, para esta não precisava explicação porque lá estava o cruzeiro da igreja de São Sebastião. Ao norte o Sertãozinho, balneário e local de lazer da cidade, envolto por sua mata, e ao sul o rio Mamanguape que dá nome a cidade. Um adulto poderia atravessar de um extremo a outro em meia hora de caminhada, se muito. Para nós, crianças, era uma distância enorme, mas sentíamos-nos seguros nessa “cidadela”, os perigos estavam fora desses limites. Nas histórias que chegavam, como as do Gato, sujeito truculento, mistura de andarilho e mendigo, que diziam corria atrás das mulheres. No carro do Papa-figo, que carregava crianças para comer o fígado, que sempre achei vinha do Recife, não sei por quê. Não havia televisão e o rádio não era para crianças, mas dispúnhamos da

SE A GENTE LEMBRA SÓ POR LEMBRAR

A Cachoeira dos Avelinos, o rio onde havia a cachoeira..., lembro-me das muitas águas onde tomávamos banho, hoje tão seco que nos permite andar em seu leito por todo o tempo. Tudo era grande e mágico, longas eram as distâncias, a conversa dos adultos. As histórias que nos contavam antes de dormir nos falavam de outros tempos ainda mais remotos, de bois brabos, vaqueiros valentes, donzelas roubadas, pais déspotas, jovens aventureiros. A Comadre Fulozinha que perseguia o caçador que não deixava fumo para ela e afastava a caça, desnorteava o caçador ingrato e deixava-o perdido na mata.

CACHOEIRAS

Dois pés de limão gêmeos, um nasceu verde e o outro amarelo, coisas da  natureza, de sementes iguais plantas diferentes, e ainda querem que as pessoas que nascem de sementes tão diferentes sejam iguais, pensem da mesma forma, ou tenham os mesmos gostos.

MEU PAI

Não conheci meu pai, ele morreu me deixando com um ano e quatro meses e meu irmão com seis meses, depois disso fomos morar com nossos avós maternos, nos criamos chamando nossos avós de papai e mamãe, e nossa mãe de Tetê, como todos a chamavam, mesmo sabendo que era nossa mãe. Hoje ela tem 90 anos e continua ativa fazendo o que quer, e sou feliz por isso. Seu Francisco, meu avô, substituiu meu pai e a família nos encheu de carinho para que não nos