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Mostrando postagens de julho, 2019

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A BOLSA DE VALORES E A NOSSA POBREZA

Vi nas redes sociais pessoas falando com ironia dos que começam a se interessar pela Bolsa de Valores, como se isso fosse uma aberração por não serem ricos. Demonstram essas pessoas que não sabem como as Bolsas funcionam, nem porque elas existem. Quando alguém de classe média aplica na Bolsa, além de estar projetando uma aposentadoria mais confortável, está injetando seu dinheiro numa empresa que irá com seu crescimento dar mais emprego, gerir mais recursos na economia real, pagando mais impostos. Na verdade a economia real e a Bolsa de Valores são coisas distintas, mas uma reflete a outra. Vejam então. Nos Estados Unidos, meca do capitalismo, cerca de 65%* da população aplica nas Bolsas direta, ou indiretamente através dos fundos de investimento. Numa população em torno de 320 milhões de pessoas quer dizer que mais de 160* milhões aplicam suas economias nas Bolsas. São 160 milhões de pessoas colocando suas economias em empresas que dão trabalho para quem precisa. Mesmo nos Esta

QUEM DEFENDE O CIDADÃO?

No mesmo momento em que Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, baixa uma resolução que freia todas as operações contra a corrupção, nisso incluso não só os agentes públicos corruptos, mas ainda a lavagem de dinheiro do crime organizado e do terrorismo, afirmando que faz para defender o cidadão contra possível devassa em seus dados pessoais. O Presidente da República, por sua vez, leva para debaixo de suas asas a ANCINE, responsável pela política do audiovisual no país. Levando-a do Rio de Janeiro, onde vive grande parte dos produtores do audiovisual, para Brasília, onde não há produção expressiva, para ficar perto dele e assim poder controlar, como revelou, para que não ajude a produções de filmes como aquele sobre a vida de Bruna Surfistinha. Alegando que faz isso em nome da família. Como se todas as famílias brasileiras pensassem iguais e quisessem as mesmas coisas, como se o dinheiro público não pertencesse a todas elas, mas só a parte delas, aquelas que pensam

PIAF & BRECHT, QUERO AINDA

Quando escrevo sobre teatro não é porque sou crítico, antes tenho o hábito de tecer somente sobre o que gostei, porque deixo aos críticos a tarefa que lhes cabe. Mas sábado fui ao Teatro Prudential, antigo Adolfo Bloch, assistir “Piaf & Brecht, a vida em vermelho”, com Letícia Sabatella e Fernando Alves Pinto. A junção que pelo inusitado nos traz grandes expectativas, o encontro entre a razão e a emoção, mas o espetáculo entrega menos do que promete. Ele propõe uma brincadeira que a plateia não entende e se entende não embarca. O texto diz que se trata de um ensaio e propõe um concurso para um futuro espetáculo, como uma disputa num programa de auditório. A plateia deverá decidir depois de ouvir as histórias e as canções de Edith Piaf e Bertolt Brecht, qual delas deverá ser encenada, como se a plateia não conhecesse, ou tivesse dúvidas sobre a criação dos dois artistas. A partir dessa proposta começam os equívocos, porque a direção em vez de aliviar, exacerba os defeitos