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Mostrando postagens de março, 2021

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38 ANOS HOJE!

Há 38 anos, exatamente em 31 de março de 1983, estreamos no SESC da Tijuca, no Rio de Janeiro, a montagem original de O HOMEM DE NAZARÉ – A Via Sacra de Hoje, com mais de 80 integrantes no elenco, participantes de sete Grupos de Teatro do SESC, e uma equipe técnica e de apoio de cerca de 40 pessoas.   Havia escrito o texto em 1982 achando que iriamos fazer um ou dois anos com nosso grupo da Tijuca e eu já estaria muito feliz. Ocorre que levei a proposta para a reunião de técnicos que ocorreu em novembro daquele ano, e nossa proposta virou a proposta de todos os grupos para o ano seguinte. No Rio fizemos uma produção conjunta e direção coletiva envolvendo grupos de sete unidades do SESC: Tijuca, Ramos, Niterói, Copacabana, Madureira, São João de Meriti e Engenho de Dentro, e foram feitas montagens locais em Friburgo e Três Rios. Fizemos um lindo espetáculo na Tijuca, usando os jardins do Centro de Atividades como cenário natural e apenas dois palcos na parte de cima, o das cruzes

UM GENERAL INCOMPETENTE E UM MÉDICO SUBSERVIENTE, OS MALES DO BRASIL SÃO!

A foice afiada da maior das indesejadas vem fazendo sua colheita diária com um sucesso espantoso, como jamais se viu. Estamos chegando às quatro mil almas perdidas diariamente para o vírus que tem mais amigos no Brasil do que se pensa. A começar pelo presidente, chefe do batalhão, no comando da insensatez. Tudo que podia ter sido feito no passado, e a tempo de nos livrar dessa tragédia, foi ignorado, e o que foi feito traz a marca da incompetência, da insensibilidade e da corrupção. O dinheiro gasto com os hospitais de campanha que não foram entregues, ou foram apenas em parte, com respiradores inadequados, máscaras superfaturadas, profissionais mal remunerados e insuficientes, tudo com o ágio da corrupção brasileira, tem sido a crônica diária dessa pandemia.       Querem os culpados? Aqui vão: o presidente dirige o manicômio; governadores e prefeitos corruptos contabilizam a propina, empresários organizam a festa, e a inconsciência coletiva, que não aceita mimimi , enfrenta de pei

HOJE É O DIA DELA!

Hoje é o dia de dona Tereza Rodrigues Monteiro, minha mãe! Essa é uma das fotos que mais gosto dela. Já estava com quase 80 anos. Hoje ela faz 94, lúcida, forte, pronta para mais outros anos. Ela me deu a vida, o carinho e a paciência para enfrentar os problemas, sem desanimar. Não lhe dou um abraço há mais de um ano, porque a pandemia não tem permitido, mas na primeira oportunidade mataremos a saudade com muitos abraços, beijos, sorrisos. Falaremos das novidades, e de outros assuntos tão velhos, que de tão repetidos se renovam, sempre com gosto de primeira vez, porque a seu lado tudo é novo e verdadeiro, tudo é bom e tem sabor, tudo se renova como a relva de cada manhã. Não importa onde eu esteja, como eu esteja, eu sei que ela reza por mim, e isso me fortalece, me alegra, e me centraliza no mundo. Eu sei quem sou, de onde vim e como devo seguir meu destino. Parabéns minha mãe por seus 94 anos! E obrigado por seu carinho e seu amor! Amor que me enche e que transborda para minh

14 DE MARÇO E A VOZ DOS EXCLUÍDOS

O dia 14 de março é prodigioso em nossa literatura, nesse dia nasceram o poeta Castro Alves, Carolina Maria de Jesus, nossa primeira escritora negra, Carlos Heitor Cony, de Quase Memória e João Felício dos Santos, de Gamga Zumba e Xica da Silva . Os homens deram voz aos excluídos e a mulher, ela própria uma excluída, ousou escrever e se transformou na mais importante escritora negra do país, prestigiada no exterior.   CASTRO ALVES (Antônio Frederico), nasceu em Muritiba, BA, em 1847.  Conhecido como o poeta dos escravos, faleceu de tuberculose em 6 de julho de 1871, aos 24 anos, sem ter podido concluir seu mais ambicioso trabalho, o livro Os Escravos , uma série de poesias em torno do tema da escravidão.  O negro, escravizado, dificilmente se podia elevar a objeto estético, mas Castro Alves eleva-o dessa condição, numerosas vezes. Para a maioria dos escritores que trataram do tema, o problema social surgiu como consciência literária, o abolicionismo era visto apenas como sentimento

MOACYR FÉLIX, DE "O PÃO E O VINHO"

Moacyr Félix, poeta, escritor, editor, e intelectual brasileiro , é um dos autores lembrado s em nosso podcast d esta quinta-feira, ao lado de Ribeiro Couto, Manoel Bastos Tigre e Peregrino Júnior. Moacyr nasceu no Rio de Janeiro,  em 11 de março de 1926,   e morreu também no Rio de Janeiro, em 25 de outubro de 2005,   portanto, estamos a 95 anos de seu nascimento. Foi um poeta e escritor combativo, ligado aos movimentos contra a ditadura militar, pelo que pagou caro. L ançou seu primeiro livro de poesia,  Cubo de Trevas, em 1948 . Formou-se em Letras na Sorbonne, e estudou Filosofia no Collége de France. Até 1954 foi redator e locutor de um programa da Radio e Televisão Francesa para a América Latina. De volta ao Brasil, trabalhou como redator da revista literária  Marco,  e  foi redator e locutor de um programa semanal sobre poesia e literatura na Rádio Ministério da Educação e Cultura. Ainda nos anos 50 colaborou em periódicos como  Correio da Manhã ,  Diário de Notícias ,  Alg