Só que não. Parece que o
prognóstico do fim do mundo começa a ser questionado pelas melhores famílias,
pior para os profetas do fim do mundo: políticos, religiosos, oportunistas do
medo alheio. Trump confronta o mundo, sai da conferência do clima e tira o
dinheiro das agências que controlam as informações sobre o aquecimento global e
as catástrofes ambientais. A Europa diz que segue sem Trump. Mas nós, como
ficamos, nós pobres mortais, perdidos nessas saraivadas de informações científicas,
de cientistas agora acusados de manter o nosso medo como forma de manter seus
próprios meios de vida?
As revelações de que as calotas
polares não vão derreter, ou melhor, que elas derretem, mas voltam a congelar,
que a floresta amazônica está lá não para fazer chover, mas ao contrário, ela
está porque chove, e assim será. Que os mares não vão subir, eles fluem e
refluem ad aeternum, que a terra
esquenta e esfria como sempre, que outras épocas foram mais quentes que a
atual, e não havia o processo industrial, nem a queima dos combustíveis
fósseis.
Saber isso não autoriza a ninguém
a destruir o planeta, porque uma floresta é preferível a um deserto, mesmo que
os desertos também sejam bonitos e tenham suas funções no concerto geral do
universo.
É verdade que a ação humana
modifica o meio ambiente, transforma as localidades, mas isso, segundo os
cientistas, permanece como ação local, não modifica a situação global. Menos
mal, quer dizer que o mundo não vai acabar, não nas próximas gerações, isso nos
faz dormir mais tranquilos.
Não quer dizer que a humanidade
não vá acabar, isso é outra coisa. Os estudiosos dizem que atingimos o mais alto
grau de nossa evolução e caminhamos para outro estágio, até para a extinção. Fique
calmo, isso também não acontecerá nas próximas gerações, garantem os cientistas,
antes entraremos noutros processos. De um lado estamos caminhando para o
transumano, uma mistura de homem e máquina, um mundo habitado por seres com
habilidades sobre-humanas, ou super-homens.
Só fico me perguntando se essa
saída para a humanidade trará no seu bojo mudanças de paradigmas no
comportamento e na percepção de todos sobre o sentido da vida. Uma guerra entre
humanos é uma coisa horrível, o que não será entre transumanos?
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