Como se não bastasse, ontem o Rio de Janeiro amanheceu
trancado pelo protesto dos taxistas, por muitas horas a cidade, mais uma vez,
ficou refém da categoria na luta contra a Uber.
É bom lembrar que as categorias profissionais não são donas das
ruas, nem do país, ou, pelo menos, não deveriam ser. Os taxistas se acharam no
direito de parar a cidade porque acham
que as ruas são deles. Claro que eles não são culpados sozinhos por esse
descalabro, com eles estão os prefeito e os vereadores, não só os atuais,
porque essa questão vem de longe e já teria sido resolvida se tivéssemos
representantes afinados com o bem-estar da população e não com seus interesses.
Para que existe uma categoria profissional? Qualquer uma? As
profissões são criadas com que objetivo? Para cuidar dos interesses dos
profissionais, ou do consumidor, que afinal é quem paga os serviços? Aí é que
quero chegar. As categorias profissionais se fecham num corporativismos absurdo
neste país, veem primeiro o seu lado.
O que vemos são juízes acobertando colegas criminosos,
médicos escondendo o mal feito dos parceiros, a mesma coisa na polícia, na
política, menos no comércio porque aí existe uma competição diferente. Todos se
defendem contra o consumidor que deve ser o destino de todo serviço, pelo menos,
deveria ser. Aceitando que as categorias se armem com seus interesses contra a
população, damos a chance para sermos vítimas de qualquer categoria. Afinal
somos consumidores e prestadores de serviços ao mesmo tempo. Hoje todos
sofreram com a ação dos taxistas, mas vi gente defendendo a categoria porque
ela está brigando por seu ganha pão.
Vem cá! Eu sou obrigado a usar um serviço que não me deixa
plenamente satisfeito, de gente mal educada, que nem sempre atende aos
chamados, que só vão aonde querem e ainda me cobram o dobro do que posso pagar
pelo mesmo serviço, com melhor qualidade, só porque os caras estão defendendo
seu ganha pão? Vejam se isso tem cabimento? A lógica aqui ficou de cabeça pra
baixo.
Apenas nos países atrasados, corruptos e onde a burocracia do
Estado serve para atrasar a vida das pessoas é que isso acontece. O Uber só
teve esse problema em países assim. Não estou aqui defendendo o Uber somente,
quero que apareçam outros, como já sugiram, minha defesa é pelo direito de
pagar menos e ter um serviço melhor.
Quero que nos tratem como consumidor para quem tudo é feito,
e que deve ser o melhor não na ótica de quem presta o serviço, mas na nossa, de
quem recebe. Mesmo quando não estamos pagando diretamente por ele como nos
serviços públicos.
Só para relembrar, todas as atividades foram criadas para
atender as pessoas, o consumidor, sempre. Quando você estiver consumindo alguma
coisa pense nisso, e quando estiver oferecendo seus serviços também, sua
profissão existe para servir a sociedade. Quando o conjunto da nação se
conscientizar dessa premissa as coisas mudarão sensivelmente neste país de
privilégios, corporativismos e mordomias.
NOTA: Para
você que segue o blog, informo que as postagens agora serão feitas regularmente
as segundas, quartas e sextas-feiras. Obrigado!
OLÁ , FIZ UMA RÁPIDA VISITA NO SEU BLOG E SAIBA QUE GOSTEI MUITO. DAREI MAIS UMA OLHADA COM MAIS CALMA, POIS ACHEI-O MUITO INTERESSANTE. ABRAÇOS
ResponderExcluirObg. Seja bem-vindo e volte sempre. Abs.
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