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A MÃE DE TODAS AS CRISES



A crise não dá trégua, melhor, as crises, porque não há uma só, especialmente no Rio de Janeiro, especialmente se você for funcionário público do Estado. A UERJ, maior universidade do Estado que estava sem aulas devido ao caos econômico, agora entrou em greve, a coisa está tão doida que até quem está parado faz greve. A situação está tão ruim que quando a gente acha que chegou ao fundo do poço, ela piora um pouco mais. 

Aqui temos crises pra dar e vender, caos econômico, insegurança pública, trânsito louco, injustiça social, prevaricação na justiça, baixa politica, naturalmente que essas se intercalam, porque deveriam existir sozinhas? Mas a mãe de todas as crises é a crise moral, ou imoral. 

Quando assistimos ao que esses senhores que estão, ou que estiveram no poder foram capaz de perpetrar em nossas vidas, ficamos boquiabertos sem saber como deixamos que fossem tão longe. É verdade que tudo fizeram por baixo do pano, na calada da noite, ou num jantar em Paris, não importa, fizeram como se estivessem trabalhando. 

Parecia mesmo tudo as maravilhas do país de Alice. Num curto espaço de tempo tivemos a Copa do Mundo e as Olimpíadas, os dois maiores eventos esportivos do mundo, pensamos que os bons legados desses eventos ficariam por muito tempo ajudando no desenvolvimento dos esportes, dirimindo problemas sociais e abrindo portas para o desenvolvimento econômico da cidade e do Estado. Mas gente, como é que um ano depois de fazer as Olimpíadas, uma cidade chega ao caos em que estamos vivendo? Isso é inédito na história das nações.

A verdade é que os dois eventos já nasceram podres, não por culpa dos atletas, estes deram o seu melhor, se bem que 7 a 1 não deve ser o melhor nem para o Íbis Sport Club da cidade de Paulista-PE, famoso por ser o "pior time do mundo”, mas os jogos foram pensados para que os mesmos canalhas pudessem se locupletar. As Olimpíadas inclusive, com acusação de ter sido comprada. 

Disse bem o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, que a situação de segurança pública no Rio de Janeiro é “o coração das trevas”, bom, Ministro, se os militares que mandou para cá continuarem patrulhando as ruas até às seis horas da tarde somente, vai ficar difícil passarmos do coração para o fígado, o rim ou outro órgão qualquer. Permita que as tropas entrem pela noite adentro para vermos o tamanho das trevas.

Porque a mãe de todas as crises Ministro é a base de tudo, a situação chegou a esse ponto porque nossos representantes são eleitos com dinheiro sujo obtido através de propinas, ou do tráfico de drogas, do contrabando, do tráfico de armas, do roubo de cargas, que são levadas para feiras improvisadas nas comunidades com anúncio nas redes sociais. 

Nessa conjuntura juntam-se os bandidos profissionais, os de colarinho branco que também são profissionais, mas não assumem, e os simpatizantes que dão apoio moral, porque afinal, o que os bandidos fazem é a expropriação do capitalismo injusto.

É o que se vê.  

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