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MEUS FILMES FAVORITOS






Um refresco neste momento de crise e violência urbana (que nos faz pensar duas vezes antes de sair de casa à noite) é ver, ou rever, um grande filme. Graças às novas tecnologias podemos ter em casa praticamente todo o acervo cinematográfico produzido nesses cem anos, pelo menos, o que mais interessa. Esta semana por sugestão de minha mulher assistimos a dois belos filmes, O Encantador de Cavalos e O Cisne Negro.

O primeiro traz Robert Redford, que também dirige o filme, como um vaqueiro aparentemente rude, mas com o extraordinário dom de se comunicar com os animais. Quando é escolhido para curar o cavalo de uma menina que também está doente, tem início um turbulento romance com a mãe da garota, uma sofisticada executiva.

O segundo trata de uma bailarina cuja obsessão pela dança supera tudo em sua vida. Quando o diretor artístico da companhia decide substituir sua primeira bailarina para a produção de estreia de "O Lago dos Cisnes", Nina é sua primeira escolha. Sua concorrente é a novata Lily. Embora Nina seja perfeita para o papel do Cisne Branco, Lily personifica o Cisne Negro. A rivalidade entre as duas bailarinas se transforma em uma amizade distorcida e o lado obscuro de Nina começa a vir à tona.

Mas eu queria lhe falar mesmo de três de meus filmes favoritos, desses que a gente guarda para rever de vez em quando.

Mediterrâneo: produção italiana de 1991. Durante a II Grande Guerra um punhado de soldados italianos é deixado para trás numa ilha do mar da Grécia. O que parecia uma roubada logo se transforma numa maravilha, porque descobrem que foram deixados numa ilha paradisíaca, que passa a representar para aqueles homens, possivelmente, o melhor de suas vidas. A direção é de Gabriele Salvatores e o roteiro de Enzo Monteleone, ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. A música de Giancarlo BigazziMarco Falagiani é uma das melhores.

Caminhando nas Nuvens: um drama/romance de 1995, também no tempo da II Grande Guerra, mas trata de um soldado que ao voltar para os Estados Unidos se torna vendedor de chocolates. Na sua primeira viagem de negócios ele conhece a herdeira de um vinhedo que está gravida. Com medo da família ela propõe ao soldado que se passe por seu marido, ele é casado, mas resolve ajudá-la. A direção é de Alfonso Arau e a música de Maurice Jarre, que ganhou o Globo de Ouro. Prestem atenção ao velho Anthony Quinn que faz um avô impagável.

Meu ódio será sua herança: esse é para quem gosta de emoções fortes e tiroteios. Produção da Warner Bros de 1969. O criminoso Pike Bishop está prestes a cometer seu último roubo antes de se aposentar, mas ele descobre que o assalto é uma armadilha orquestrada por seu antigo parceiro, Deke Thornton. O bando busca refúgio em território mexicano, mas é logo encontrado. A direção é de Sam Peckinpah. A música original é de Jerry Fielding, mas ele incorporou a trilha uma canção tradicional mexicana, La Golondrina, num dos momentos mais belos do filme. Se possível veja no original, porque na versão dublada se perde muito da tensão dramática.

Se você não viu algum desses filmes aproveite o fim de semana, você encontra nos sites de cinema, em plataformas como a Netflix e no próprio YouTube, depois me diz o que achou.

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