Há alguma coisa no ar além do sertanejo universitário, do funk e do
pagode, é um som novo e ele se chama Rubel, um compositor carioca, cantor,
cineasta, músico que toca banjo texano misturado com o violão carioca, como
diz. Se você ainda não ouviu corra ao YouTube que está tudo lá e é da melhor qualidade,
uma novidade no panorama atual da musical brasileira.
“Quando bate aquela saudade” é o tipo de música que a gente
não quer parar de ouvir, principalmente quando a plateia canta em uníssono com
o cantor, como no vídeo de um show feito na Bahia.
Pearl é seu primeiro disco, há muito não me sentia tão bem ouvindo um
cantor/compositor. Bacana é que é novo, mas a gente sente a presença de Bob
Dilan, Caetano Velosos, do folk americano a MPB dos anos 60 e
70.
Rubel é da música e do cinema, não sei onde se sairá melhor, mas pelo
disco de estreia podemos prever que teremos anos de boas músicas, e mais um
artista de primeira, da melhor safra que poderia surgir por esses tempos.
“Quando bate aquela saudade” é a música que gostaríamos de ter
feito pra mulher, pra namorada, não é extraordinária, mas pega nos ouvidos de
tal forma que não conseguimos nos desvencilhar sem ouvir uma dezena de
vezes.
É muito bom quando encontramos um artista dessa forma, quase que por
acaso, fora da avalanche dos sucessos fabricados na mesmice do lugar comum que
os meios de comunicação nos empurram goela abaixo. Neste momento de tantos
problemas e pouca criatividade a música de Rubel é um oásis.
PS: Tristeza no Estácio, morreu Luiz Melodia, a Pérola Negra. Vida que
segue!
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