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QUANDO O EMPREGO É O ATRASO



“Brasília - O projeto, de autoria do deputado Vicentinho (PT-SP), foi objeto de audiência pública realizada pela Comissão do Trabalho da Câmara na última quarta-feira (10).” “O projeto proíbe as empresas públicas e privadas, concessionárias de serviço de transporte coletivo, de atribuir ao motorista a função simultânea de cobrador de passagens. E remete a empresa infratora às sanções prescritas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na Lei de Concessões.”
“Rio - A Câmara Municipal aprovou, na tarde desta quinta-feira, o projeto de lei que proíbe a dupla função de motoristas de ônibus e garante a volta de cobradores aos coletivos.”

Nossos deputados e vereadores deram mais uma demonstração de incompetência e populismo, modo
de se fazer política nessas casas legislativas e em geral por todo o país. Nossos representantes asseguraram a atividade do trocador de ônibus, mesmo para os ônibus que não precisam de trocador, numa demonstração de miopia diante dos avanços tecnológicos e das atividades profissionais. Trocador é uma coisa que deixou de existir a muito nos países um pouco mais civilizados, em alguns ambientes até o motorista já desapareceu.

A primeira vista parece que nossos representantes estão defendendo mesmo os interesses da população. Os de uma categoria profissional que o progresso baniu, a princípio sim, mas por pouco tempo. Para não esquecermos, esses representantes são aqueles envolvidos em escândalos de nepotismo e corrupção, que são contra o Uber, por exemplo, e a favor das empresas corruptas de transportes coletivos que infernizam a vida dos cariocas e dos brasileiros. Esses senhores não pensam muito para firmar posição contra a população, porque quem irá pagar a conta será sempre o consumidor. Eles não veem os hospitais sucateados, as escolas abandonadas e a população entregue a própria sorte, principalmente no Rio de Janeiro.

Então chega uma hora que resolvem tomar a defesa de uma categoria profissional, a dos trocadores de ônibus. Repita-se, assegurar o emprego do trocador, mesmo nos ônibus que não precisam desse profissional. Vejam o grau de interferência do estado nas atividades profissionais e na economia do país e me digam como é que não sabem por que vivemos nesse caos econômico e social. 

Longe de eu querer tirar o emprego de ninguém, mas não é com o atraso que vamos assegurar postos de trabalho para as pessoas que precisam. Seguindo esse exemplo deveríamos ter assegurado os postos de trabalho dos acendedores de lampião, das operadoras de telefonia e de tantas outras profissões que desapareceram através dos tempos. 

A melhor forma de defender esses profissionais é assegurando suas requalificações,  assegurando um ambiente seguro e justo para as empresas que estão deixando o estado e levando os empregos de milhares de outros cariocas para outros estados e outros países, exatamente porque a Câmara age de forma obtusa, para não dizer pior.

Não é trabalhando pelo o atraso que vamos assegurar os trabalhos dos cariocas e dos brasileiros.

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