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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

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ZÉ AZEDO NO METRÔ

- Não vai sentar, Zé? - É lugar dos idosos. - Mas não tem nenhum agora, é prioridade deles, mas não é proibido pra você, nem pra ninguém. Se não tem idoso agora... - Quero não, depois me filmam sentado aí e vão colocar no Facebook que tomo o lugar dos idosos no metrô, se não falarem coisa pior, vão até achar que bato em velho e tudo. - Isso é exagero. - É porque você não sabe do que esse povo é capaz, essa gente é capaz de tudo, andam com o celular na mão esperando uma oportunidade dessas pra acabar com a vida da gente. Chamam a gente de criminoso e tudo. Quero não. - Isso é verdade, tem gente que procura encrenca. - Quero não. - Tem gente que exagera mesmo. - Um dia desses uma mulher chamou um cara de bandido só porque ele furou a fila no supermercado. - E a intervenção? - Nem quero falar, só estou vendo se a coisa vai ser mesmo pra valer. Ainda mais agora que o Temer tá querendo criar um imposto pra pagar a conta. Quando a gente acha que vai se livrar do arrocho q...

7 perguntas sobre a intervenção no Rio para você não se sentir um idiota

1 - Quem manda no RJ? a)Pezão . b) Crivella. c) CV. d) A milícia. e) Nenhum acima. 2 - Qual é sua expectativa ao sair de casa para trabalhar? a)Que vai voltar salvo no fim do dia? b) Que vai ser assaltado? c) Que vai ser demitido do trabalho? d) Que vai encontrar a Iris Valverde vendendo havaianas na praia? 3 - Quando o prefeito diz em vídeo enviado da Europa que foi buscar tecnologia de segurança, você acha: a) Que é para diminuir os arrastões? b) Que é para melhorar os desfiles dos blocos de carnaval? c) Que foi somente para gastar seu dinheiro? d) Ou você fica desconfiado por não ter aparecido nenhuma mulher nos vídeos? 4 - Quando você escuta uma professora estudiosa de segurança pública mostrar-se contra a intervenção porque precisaria de uma auditoria nas polícias, uma  grande discussão etc. Você acha: a) Que ela tem razão? b) Que ela está querendo a intervenção para depois do carnaval do próximo ano para não atrapalhar os preparativos das escolas d...

FINALMENTE AS CINZAS

Como na Marcha da quarta-feira de cinzas , de Toquinho e Vinicius de Moraes, “...saudades e cinzas foi o que restou...” nesse carnaval da desordem, de arrastões, de assaltos. Mas não só isso. É admirável a resiliência desse povo.

SORRIA, É CARNAVAL!

Hoje peço licença a Bernardo Mello Franco para reproduzir seu texto publicado em O Globo, para os que não leram naturalmente e estão indignados com o auxilio-moradia dos magistrados, para lembrar que é carnaval e nem tudo está perdido, que ainda há esperança e que nem todos confundem direitos com moralidade pública. Bom Carnaval para todos!

O CAOS E A SURPRESA DAS AUTORIDADES

O que mais nos espanta nessa questão da segurança no Rio de Janeiro é a surpresa das autoridades diante da crise de segurança, como se ela tivesse sido deflagrada ontem, há poucos dias, ano passado. Hoje um representante da polícia respondendo a um reporte afirmou que a polícia havia sido pega de surpresa na guerra de facções que está ocorrendo há treze dias na cidade de Angra dos Reis, prendendo as pessoas em casa, e ainda assim com gente sendo baleada dentro de casa sem poder sair para o hospital com medo de morrer no meio do tiroteio. A autoridade pôs a culpa nos bandidos que estão fugindo da cidade do Rio para ocupar os espaços de outras facções em outras cidades, como se isso fosse novidade.

O BOCA SERÁ SEMPRE DE OURO

Geralmente quando assisto a algum espetáculo contemporâneo, experimental, penso, contemporânea e experimental é Nelson Rodrigues. A montagem atual de Boca de Ouro, no SESC Ginástico, nos assegura, mais uma vez, que o Nelson será sempre contemporânea e experimental.

NOTÍCIAS DO FRONT

Nesses 33 dias de 2018 foram registrados 548 tiroteios na cidade do Rio de Janeiro com armas de guerra, 16 polícias mortos e 34 feridos, a quantidade de civis mortos e feridos nos mesmos tiroteios ainda é incerta, esses números são sempre parciais, porque toda hora ocorre mais um tiroteio. É o balanço de nossa guerra particular, fruto do descaso das autoridades e da leniência com o crime, a corrupção política e policial.