O que você seria capaz de
fazer para atender a solicitação de um líder, um chefe, uma pessoa por quem tem
admiração? Esta é a pergunta que faz o filme Derren Brown: The Push, que se traduz como o impulso,
o empurrão, o estímulo, ou coisa parecida.
O filme, da Netflix, trata
de um reality show, onde o psicólogo ilusionista
Derren Brown cria experimentos sociais para demonstrar como a manipulação pode
levar uma pessoa normal a cometer crimes.
O experimento mostra os
segredos psicológicos ligados à lógica da obediência e da conformidade social,
respondendo à pergunta: alguém pode ser manipulado para cometer assassinato? A
ideia é mostrar que o instinto natural de qualquer pessoa é obedecer quando
confrontada por uma autoridade, ao ponto de cometer os atos mais condenáveis
moralmente.
No reality show uma pessoa é colocada num universo construído por
atores em uma rede de mentiras para fazer com que ela se sinta de tal forma envolvida
numa trama que a única saída é cometer um assassinato. A pessoa, é claro, não
sabe que está sendo filmada enquanto é colocada em uma situação de extremo
estresse.
A experiência nos faz
compreender como pessoas de bem, sensatas, não só jovens, se deixam envolver
pela mentira como simulacro da verdade, e tomam para si a defesa do chefe em
detrimento da realidade. Trabalho fácil para os políticos demagogos, corruptos,
chefes religiosos, os manipuladores de consciência profissionais. Chegando ao extremo
vemos homens bombas explodindo, jovens pegando em armas para defender
ideologias, gente se automutilando para ficar de conformidade com o grupo a que
pertence.
Compreendemos ainda o
sucesso das ideologias que transformaram o Século XX no século dos genocídios
nazifascistas e comunistas, que espalharam o ódio e o terror pelo mundo. Por
isso, desconfie sempre, para não embarcar numa canoa furada.
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