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POR QUE O BRASIL DEU NO QUE DEU?

A Curvatura da Banana, o novo livro de Marcos Costa, é de leitura obrigatória para quem quer saber os porquês de nossos atrasos econômico, social e de cidadania. E porque não somos um povo, mas um ajuntamento que se digladia uns contra os outros e o governo contra todos, não apenas o governo Temer, mas todos que vieram antes dele, desde a colônia.

A pergunta mais pertinente fica para nós fazermos: quando é que vamos deixar de ser um amontoado de gente para sermos uma nação, protagonista de seu destino?

O livro mostra porque  nossos juros são extorsivos, porque pagamos tantos impostos sem o devido retorno e revela quem são nossos donos. Nada que a gente não soubesse, mas o grande lance do livro é desenhar detalhadamente como isso pôde acontecer e como nos domina até hoje. Nenhuma proposta de campanha deverá ser levada a sério se não apontar como irá resolver essas questões de fundo que são responsáveis por nosso atraso social, por nosso subdesenvolvimento.

O livro lembra o alvará de 1785, da rainha de Portugal Maria I, a Louca, como ficou conhecida, que proibiu todo e qualquer tipo de indústria no Brasil, até os decretos dos últimos governos que transferiram os recursos da nação para bancos, empreiteiras e montadoras de automóveis.

Mostra como nosso atraso científico  e educacional,  assim como nosso baixo empreendedorismo, não são coisas naturais, que fazem parte do plano de dominação econômica a nos manter sempre devedores, pagando altos juros para a banca, porque para os bancos não interessa que nossa dívida seja paga, eles preferem que continuemos rolando a dívida, pagando juros extorsivos, dinheiro que poderia resolver nossos problemas na saúde, educação e segurança.

Como não somos respeitados como uma nação, o povo não conta. Tudo é feito para atender ao andar de cima. Se você não quer continuar falando besteiras sobre nossos políticos, nem reclamando em vão contra a carestia, leia esse livro. Tem apenas 240 páginas, mas é um livro urgente para quem quer entender o Brasil que temos.


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