Contra a barbárie, ou a manipulação, a arte! Meu partido é o da
cultura, do teatro, do cinema, da dança, da música... Minhas palavras são como
balas, na direção certa comovem, aglutinam, reagem e matam. Matam o ódio, o
preconceito, a desesperança, a manipulação das ideias e o que é arbitrário.
Sou Dom Quixote e Sancho Pança, sou Ulisses e Menelau, canto rap e assobio nosso Hino, o Nacional e o
da Independência. O Brasil não tem dono, diz o senador eleito. Amém! Digo eu.
Porque nem todos sabem disso. Alguns têm medo do voto desencabrestado,
desembestado, escrachado, violento, outros do voto amestrado, alinhado.
Meu medo é que firam de morte a democracia, mas acredito em nossas
combalidas instituições e nos homens de bem, onde quer que estejam. Os tempos
são outros. Os extremos me inquietam, mas não me tiram o sono, se eu tiver que
ir, irei pra Pasárgada, onde sou amigo do rei e terei a mulher que quero na
cama que escolherei.
Nossas maltratadas instituições ainda são capazes de apresentar a
necessária resistência contra o desmando. Não estamos em 1964, nem os atores,
nem o enredo desse teatro são os mesmos. Não me desespero porque não quero
morrer na praia.
"Sem tesão não há solução", diz Roberto Freire, o escritor.
Acredito no nosso tesão, na arte, na cultura, como resistência contra o baixo
astral e a barbárie. Vivemos um tempo novo, os votos são do povo, como o céu é do condor, ai de quem se
arvorar dono deles.
Antes de pensarmos nas forças do mal, convoquemos as do bem, elas
poderão nos guiar e nos proteger contra as intempéries e a solidão. Meu barco é
o da arte, no mar revolto ou na calmaria, minha bandeira é branca, pede paz, alegria!
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