No balaio da reforma da previdência de tudo tem na feira das virtudes e
imposturas. Porque depois de tudo que vivemos, depois do nosso atraso crônico,
depois dos descalabros na saúde, na segurança, na educação e no baixo
desenvolvimento industrial, que nenhum governo conseguiu resolver com a
necessidade que a nação precisa, e da derrocada do sistema de previdência que
alguns não veem por medo do futuro, outros por incapacidade de fazer cálculos e
outros por puro oportunismo político, nos vemos nas mãos de congressistas
malandros que sem um mínimo de cidadania boicotam o futuro das novas gerações.
Como os que pretendem deixar estados e municípios fora da reforma geral
da previdência com receio de perderem votos nas próximas eleições. O que também
fazem governadores do Nordeste, que mesmo sabendo que estão sob uma bomba
relógio previdenciária, que irá explodir logo ali à frente, arrotam o discurso
da defesa do trabalhador.
Populismo canhestro porque ninguém precisa ser expert para saber que
esses governadores gerenciam estados pré-falimentar, mas por acharem que aparecerão
bem diante dos eleitores, dizem não a reforma da previdência, demonstrando
total desapreço com a boa administração, colocando no lugar do futuro do país,
suas próprias eleições.
Uma das narrativas dos congressistas contrários é lembrar que a reforma
não contempla os militares, que por isso já nasce contra os demais
trabalhadores, quando serão eles próprios a votarem a reforma, com o poder de
suprimir ou acrescentar o que quiserem ao texto apresentado. Mas esses não
desejam mudar nada, querem que os privilégios de hoje permaneçam.
Eles estão fazendo cálculo errado, porque a nação já compreendeu a
necessidade da reforma e está com ela. As pessoas sabem que esses movimentos
contrários, no congresso e na boca dos governadores, é puro oportunismo
político, ou má vontade com o previsível sucesso da reforma, num cenário de
maior desenvolvimento com menos privilégios e mais equilíbrio do país.
Contam esses ainda, como no passado, com a ingenuidade e ignorância do
povo, como era antes das redes sociais. Depois não sabem por que perdem
eleições. O que nos revela que a reforma das reformas, como dizem, não reforma
o mais importante, ou seja, a mente mesquinha e tacanha de parte, talvez a mais
expressiva, dos nossos políticos, que teimam em virar as costas para as
necessidades da nação.
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