Os técnicos do SUS já comunicaram ao governo a iminência da terceira onda da COVID-19, mais letal e mais devastadora (tomara que não), mas o presidente veio ao Rio de Janeiro fazer comício no Aterro do Flamengo diante do Monumento dos Pracinhas e carreata, seguido por mais de mil policiais, segundo fontes do governo estadual, que era para fazer sua segurança, mas serviu mesmo para mostrar apoio, e engrossar a manifestação, que contou inclusive com Pazuello, o ex-ministro da saúde. Todos sem máscaras, o que facilita o trabalho da CPI quando pretende demonstrar que o general mentiu quando negou que não propagou o kit covid e o não uso de máscara. Não seria necessário porque os crimes de responsabilidade estão mais do que demonstrados durante todo esse tempo, mas o comício de hoje de manhã foi mais tétrico, porque desnecessário, campanha fora de época.
Durante todo esse tempo de pandemia, já com quase 450
mil mortos e muito mais de sequelados, o presidente nunca visitou um hospital
para se solidarizar com os profissionais da saúde, os verdadeiros guerreiros,
heróis, nessa guerra, nunca demonstrou um mínimo de empatia com os mortos e
seus familiares. Muitos foram seus eleitores e, certamente, acreditaram nas
falácias do tratamento precoce e não se cuidaram. Outros, mesmo tendo cuidado
se viram atingidos por esse vírus sorrateiro, vitimados como numa loteria, pois
é inexplicável como uma pessoa pega e outra convivendo sobre o mesmo teto
permaneça ilesa.
Deve ser fruto da seleção natural proferida por
Darwin, mas que as vacinas negadas pelo governo poderiam ter preservado a vida
de centenas de milhares, salvando pais de famílias, filhos, idosos e jovens,
evitando a destruição dessas famílias, de profissionais da saúde, artistas, cérebros
destinados ao bem, que parece estar faltando nesse governo, que não se comove
com essa destruição. Pois só o voto lhe interessa para se manter no poder, e
pelo que demostra, nem isso, pois parece contar hoje com a ruptura democrática,
pois continua atiçando o povo contra nossas instituições, que não são as melhores
que poderíamos ter, mas são as que temos.
No mundo somos hoje os mais infelizes, porque enfrentamos a pandemia e um governo que nem está aí para o que acontece com as famílias. Torço para que a terceira onda seja apenas de vacinas e democracia.
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