400! 400 mil vítimas fatais! Milhões com sequelas que precisarão de atendimento por meses e anos, comprometendo ainda mais a saúde publica. Famílias destruídas, órfãos de todas as idades, e uma tragédia ainda em desenvolvimento. Para os observadores os mortos passarão de 500 mil dentro dos próximos 30 dias, enquanto as vacinas não chegam no volume adequado para fazer frente a essa calamidade pública que estamos vivendo.
Quando daqui a 30 ou 50
anos os brasileiros que no futuro viverem, olharem para trás, terão vergonha de
nós, que vivemos nestes tempos terríveis, por termos deixado o país chegar a esta
situação calamitosa. E não estou falando do coronavírus simplesmente, porque
este vem desempenhando seu papel com talento, e oportunidade só verificada em
países com comando irresponsável, incompetente, negacionista.
Falo do que se
transformou este “país do futuro”, da herança que deixamos como nação para as
futuras gerações, que não seja escassez de oportunidade de vida, impostura
governamental, corrupção generalizada, territórios dominados pelas narcomilícias,
e as mesmas e eternas mazelas nacionais: gritante desigualdade social, preconceito
racial, educação insuficiente e saúde na UTI.
Naturalmente que há ilhas
de excelência em todos os setores, e acreditamos que a maioria dos brasileiros
é de gente trabalhadora e honesta, mão não encontramos essas com facilidade entre
os políticos, entre os que estão no topo do estrato social. Hoje, pelo menos, ficamos
definitivamente livres de Wilson Witzel, ex-governador corrupto do Rio de
Janeiro. Mas, e os outros?
Se quisermos mudar tudo
isso, precisamos, urgentemente, abrir mão das ideologias, apontar os erros e
focarmos em pautas suprapartidárias, com propósito e honestidade na resolução
dos problemas. Não será fácil, mas será muito mais difícil se continuarmos presos
a grupos ideológicos, a guetos, caterva. Como disse Jiddu Krishnamurti: “um
homem preso a uma ideologia é um escravo”.
Contemporizar com a
impunidade dos poderosos, com a mentira política, com os desmandos
governamentais, com os ditadores de plantão, com a justiça e o sistema político
que temos hoje, não nos levará a lugar seguro, porque temos algumas coisas graves
para resolver que nos diz respeito como brasileiros, e como cidadãos do mundo: justiça,
saúde, educação, segurança, meio ambiente, qualidade e meio de vida, são suficientes
para nos ocupar às 24 horas do dia por muitos anos. Mãos a obra!
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