Poesia, poesia, mais poesia para esses tempos tortuosos que vivemos. Se não temos armas para combater os criminosos, poesia. Se não conseguimos entender as decisões dos tribunais superiores: poesia. Se ficamos perplexos com o descaramento de um congresso que se vende, poesia. Vamos sufocá-los com a poesia verdade, sinceridade, compaixão. Nossa poesia será a flor na boca do canhão da corrupção e da impunidade. Alguns não gostam de poesia, mas como ela nos falta nesses tempos bicudos de tanta traição, tanta delação premiada, tantas gravações clandestinas, quando velhos companheiros de corrupção se apressam para dizer o que fizeram pensando em se livrar da cadeia. Não foi por acaso que me lembrei de Versos Íntimos , de Augusto dos Anjos, quando vi o ex governador Sérgio Cabral caminhado à frente dos guardas usando seu novo figurino, calças Jeans e camiseta branca, quanta diferença. Versos Íntimos era obrigatório nos livros didáticos de décadas passadas, hoje parec...