Pular para o conteúdo principal

Postagens

Total de visualizações de página

JAGUNÇOS NO SESC POMPEIA

(do portal do SESC Pompeia) “Após um ano de apresentações em onze cidades brasileiras, tendo recebido mais de 30 mil pessoas, o espetáculo-instalação  Grande Sertão: Veredas,  volta a São Paulo, onde estreou em setembro de 2017.  A diretora Bia Lessa convida a plateia a um mergulho na epopeia narrada pelo jagunço Riobaldo (Caio Blat), que atravessa o sertão para combater seu maior inimigo, Hermógenes (José Maria Rodrigues), faz um pacto com o diabo e descobre seu amor por Diadorim (Luiza Lemmertz). Tratam-se de uma instalação, visitada e experimentada pelo público diariamente na Área de Convivência no Sesc Pompeia, e o espetáculo, encenado numa grande gaiola de andaimes. São 2 horas e 20 minutos de encenação dentro dessa estrutura, com o elenco em cena permanentemente, em que o público experimenta a dissolução das fronteiras entre início e fim do espetáculo; entre teatro, cinema e artes plásticas; entre literatura e encenação. Compõem o elenco Caio Blat, Luiza Lemmertz

CLUBE DA MALDADE

A conivência dos nossos senadores com os membros do Supremo neste momento difícil em que vive o país, demonstra a união dos maus, dos sem escrúpulos, contra a nação. Há muito sabemos que nossos senadores e os membros do Supremo Tribunal Federal estão ligados muito mais em seus interesses do que nos da nação, assim mesmo eles são capazes de nos surpreender ainda mais com o que são capazes de fazer. O que o presidente do Senado, Eunicio Oliveira, naturalmente em combinação com o Toffoli, presidente do Supremo, fizeram está semana com todos nós é de uma maldade inominável. O primeiro não foi reeleito e por isso deve estar com muita raiva, mas independente disso, demonstra ser uma pessoa malévola que na calada da noite, como qualquer criminoso que se presa, empurrar contra a nação já combalida, quase falida, com a previdência quebrada, com milhões de desempregados, com falências na saúde e na segurança pública, cujo horizonte se mostra turvo, mal definido, empurrar por

AS CIDADES E OS MENINOS

Quando eu era criança minha cidade tinha outros limites. A leste o fim do calçamento da Rua da Carreira. Quem correu tanto para que justificasse o nome? Ninguém nunca explicou. A oeste o final do calçamento da Rua da Cruz, para esta não precisava explicação porque lá estava o cruzeiro da igreja de São Sebastião. Ao norte o Sertãozinho, balneário e local de lazer da cidade, envolto por sua mata, e ao sul o rio Mamanguape que dá nome a cidade. Um adulto poderia atravessar de um extremo a outro em meia hora de caminhada, se muito. Para nós, crianças, era uma distância enorme, mas sentíamos-nos seguros nessa “cidadela”, os perigos estavam fora desses limites. Nas histórias que chegavam, como as do Gato, sujeito truculento, mistura de andarilho e mendigo, que diziam corria atrás das mulheres. No carro do Papa-figo, que carregava crianças para comer o fígado, que sempre achei vinha do Recife, não sei por quê. Não havia televisão e o rádio não era para crianças, mas dispúnhamos da

MINHA ARTE É MINHA ARMA!

Contra a barbárie, ou a manipulação, a arte! Meu partido é o da cultura, do teatro, do cinema, da dança, da música... Minhas palavras são como balas, na direção certa comovem, aglutinam, reagem e matam. Matam o ódio, o preconceito, a desesperança, a manipulação das ideias e o que é arbitrário. Sou Dom Quixote e Sancho Pança, sou Ulisses e Menelau, canto rap e assobio nosso Hino, o Nacional e o da Independência. O Brasil não tem dono, diz o senador eleito. Amém! Digo eu. Porque nem todos sabem disso. Alguns têm medo do voto desencabrestado, desembestado, escrachado, violento, outros do voto amestrado, alinhado. Meu medo é que firam de morte a democracia, mas acredito em nossas combalidas instituições e nos homens de bem, onde quer que estejam. Os tempos são outros. Os extremos me inquietam, mas não me tiram o sono, se eu tiver que ir, irei pra Pasárgada, onde sou amigo do rei e terei a mulher que quero na cama que escolherei. Nossas maltratadas instituições ainda são cap

DO TEATRO AO CINEMA

Aos amigos que sentiram minha ausência nessas sete semanas informo que foi por uma boa causa. Além das viagens que fizemos com a peça "Grande Sertão Veredas" nos primeiros quinze dias de setembro por Manaus (Festival Passo a Paço), Santos (Festival

O LEGADO DE JOÃO DAS NEVES

Sexta-feira passada, dia 24, faleceu João das Neves, aos 84 anos, em Belo Horizonte onde morava. Um dos mais importantes realizadores do teatro brasileiro, cofundador do emblemático Grupo Opinião, ao lado de Ferreira Gullar, Vianinha, Paulo Pontes e outros nomes fundamentais do teatro brasileiro, núcleo de resistência cultural à ditadura militar a partir dos nos anos 60, que influenciou o teatro e a música no período.   Seu legado para as artes brasileiras, nos mais de 60 anos de atuação na cena teatral como dramaturgo, diretor, ator e escritor é enorme. Recebeu importantes prêmios de reconhecimento como a 29ª Medalha Chico Mendes de Resistência, em 2017, e homenagens na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, em 2015, e o Itaú Cultural, em São Paulo, no mesmo ano, além dos diversos prêmios com que foi contemplado, como o Molière (vários), Bienal Internacional de São Paulo, APCA, Golfinho de Ouro e Quadrienal de Praga. João das Neves manteve-se em ativi

O PAPA E O ADVOGADO

João Paulo II morreu e, naturalmente, foi para o céu. Ao chegar lá São Pedro gritou para o anjo que estava junto à porta: - Quem chegou? - O Papa. - Manda sentar no banquinho e esperar um pouco. Não demorou, bateram à porta de novo. - Quem chegou? - Um advogado. Naquele momento São Pedro saiu de trás do balcão, feliz, como se estivesse esperando o sujeito. Foi à porta, recebeu-o com um abraço e voltou com a mão em seu ombro. Levou-o a uma salinha onde tinha café, biscoitos, sucos, salgadinhos, bolos e uma garrafa de uísque especialmente para ele. O Papa que observava todo o movimento foi à salinha. - São Pedro, o Papa aqui sou eu. - Fica no banquinho, João, Papa aqui chega de vez em quando, advogado é o primeiro.