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QUEM ELEGEU LULA, DILMA E BOLSONARO?

Há sete meses das eleições e Bolsonaro ainda não sabe por que ganhou, nem o PT quer saber por que perdeu. Enquanto o presidente acha que foi eleito porque o filho sabe mexer nas redes sociais, o PT acha que perdeu porque de repente os brasileiros se tornaram fascistas, amantes das armas e contra os pobres. São as narrativas de Bolsonaro e dos petistas. É preciso lembrar que somente os votos da esquerda não elegeriam Lula para o primeiro mandato, nem os votos dos bolsominions teriam elegido Bolsonaro. Foi preciso que Lula fizesse a carta aos brasileiros se comprometendo com a segurança dos contratos, em não confiscar a poupança do povo etc. Assim ele trouxe as pessoas do centro para seu lado e se elegeu. Para Bolsonaro foi mais fácil, bastou meter o pau no PT e amedrontar o povo com a volta do partido que institucionalizou a corrupção e levou o país a maior recessão de sua história, assim trouxe o centro para seu lado. Portanto, quem elegeu Lula, Dilma e Bolsonaro foram a

TREM DOS INSENSATOS

A locomotiva nacional corre no desfiladeiro para destino incerto, leva homens bons, maus, santos e demônios, e a esperança para o purgatório das almas. Tudo é dantesco, mas é o que temos para hoje. A imagem me vem à cabeça quando penso em nossa situação econômica, e recordo uma passagem que bem representa o conhecimento das pessoas sobre a economia do país. Faz algum tempo, nem lembro se dentro da considerada década perdida dos anos 80, a lembrança é de uma mulher chorando diante dos muros de uma grande empresa que havia fechado as portas. Na frente estavam os empregados protestando pela perda do trabalho, e a mulher, cujo esposo estava entre eles, apontava chorando para o enorme prédio e dizia: - É mentira, como é que uma empresa desse tamanho não tem dinheiro? Acusava os empresários de maldade por terem fechado a fábrica. Ela confundia a grandiosidade do prédio com a saúde financeira e econômica da empresa, para ela uma coisa representava a outra. Esse é o pensamento c

QUEM FOI MELHOR QUE ANTUNES FILHO?

Antunes Filho encantou-se, porque pessoas como ele não morrem. Foi para o mundo dos gênios, dos monstros sagrados e das fadas. O olimpo dos que não vieram ao mundo a passeio. Sempre foi um grande diretor, mas depois de Macunaíma elevou seu nome e o Teatro Brasileiro a um patamar até então não alcançado. Assisti ao espetáculo três vezes, duas aqui no Rio de Janeiro e uma em João Pessoa, tive a sorte de estar na Paraíba de férias quando a peça passou por lá.  Após cada sessão sempre me perguntei: como é que ele chegou a essas soluções. Como é que a partir de um palco nu, isto é, limpo de objetos, ele consegue em tão pouco tempo enchê-lo e transformá-lo diante de nossos olhos como um mágico que tira o coelho da cartola sem deixar rastros. Foram momentos de encanto total. Primeiro, o palco ganhou todas as dimensões possíveis, aquilo que costumávamos ver no chão, com ele podia acontecer em qualquer dimensão   do palco italiano. Porque quebrar a quarta parede para descobrir o

NEM CUBANOS, NEM BRASILEIROS

Com a saída abrupta dos médicos cubanos depois da eleição de Bolsonaro ano passado, deixando populações desassistidas por todo o país, e com a promessa do governo eleito, não só de repor essas vagas com médicos brasileiros, mas ainda de aproveitar os cubanos que quisessem permanecer no país, parecia que essas populações não ficariam sem médicos por muito tempo. Como sabemos, o governo tentou preencher as vagas, no entanto, mais de mil médicos contratados não apareceram para assumir seus postos, outros chegaram a ir, mas logo desistiram. Como se não soubessem o que iriam encontrar. Não sei se é piada, mas soube que alguns ao assinar o contrato e antes de assumir perguntaram se havia shopping na localidade. Deve ser piada, né? Os cubanos que aqui ficaram sequer foram contatados para assumir os postos onde haviam trabalhado. Isso depois de terem demonstrado suas aptidões, suas competências, e as comunidades permanecem desassistidas e esquecidas, mas aí vem às perguntas. -

FOGO, HISTÓRIA E SOCIEDADE

Visita a Notre-Dame em outubro de 1987. Foi triste ver nesta segunda o fogo lambendo a Notre-Dame de Paris, como foi muito triste ver o fogo consumindo o nosso Museu Nacional há sete meses. Guardadas as proporções é inevitável a comparação para nós, entre os 850 anos da dama francesa e os 200 e poucos anos do nosso museu, mas assim como no fogo da Notre-Dame, diversas relíquias de importância histórica para as Américas e mundial também foram consumidas pelo fogo no Museu Histórico. A comoção nacional foi muito dolorida para nós, e é agora para os parisienses, os europeus e para o mundo que perde parte desse patrimônio inestimável, mesmo que o prédio seja todo restaurado, porque algumas das peças consumidas no incêndio de agora, como no nosso, jamais serão reconstruídas, estão perdidas para sempre. As novas gerações só poderão vê-las através de fotos.   Mas aqui terminam as comparações. Enquanto os objetos recuperados na Notre-Dame serão levados para o Museu do Louvre,

ANTÔNIO BARROS E CECÉU

Você conhece a música "Homem com H", especialmente na voz de Ney Matogrosso? E "Bate Coração", pela Elba Ramalho? "Procurando tu", pelo Trio Nordestino?, “Forró número 1”, por Luiz Gonzaga e Gal Costa? "Estrela de Ouro”, "É proibido cochilar", “Brincadeira na fogueira”, “É madrugada”, “Forró do Poeirão”, “Naquele São João”, “Vamos pra ver”, “Forró do Xenhenhém”, “Por debaixo dos panos”, “Não lhe solto mais”, “Eu sou o estopim” etc etc?  Pois todos esses e mais aproximadamente 150 outros grandes sucessos fazem parte das mais de 700 músicas compostas por Antônio Barros inicialmente, depois em dupla com Cecéu, gravadas por dezenas de cantores e grupos de sucesso. Além dos já citados aparecem Jacson do Pandeiro, Fagner, Gilberto Gil, Marinês, Três do Nordeste, Forró Sacana, entre outros. As regravações já são mais de mil e eles continuam aí. Esse preâmbulo é só para informar que no próximo ano, em 11 de marco, o Antônio Barros, um

INFORMAÇÃO OU SENSACIONALISMO?

É informação ou sensacionalismo, o que vêm fazendo as TVs na cobertura do atentado à escola em Suzano? Diante da tristeza que acompanha a tragédia daqueles jovens e de suas famílias, que nos deixa à deriva tentando entender e explicar o inexplicável nos vimos estupefatos por permitir, mesmo involuntariamente, que coisas dessa natureza possam ocorrer em nosso meio. Bárbaros assassinos que fazem a humanidade descer tão baixo. Mas não precisava a TV nos lembrar, exaustivamente, da forma como todos os canais vêm fazendo, especialmente a Globo por ser a mais acessada. A repetição exaustiva das cenas de terror, a exposição dos nomes e das fisionomias dos tresloucados assassinos, e mais do que isso, de seus movimentos criminosos, parecem mais uma propaganda. Para as mentes doentias iguais a desses criminosos a exposição de seus atos, dessa maneira, serve de estímulo. Nesses casos os meios de comunicação, em especial a TV, deveriam se prender aos aspectos de bravura dos que sobrev