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MINHA ARTE É MINHA ARMA!

Contra a barbárie, ou a manipulação, a arte! Meu partido é o da cultura, do teatro, do cinema, da dança, da música... Minhas palavras são como balas, na direção certa comovem, aglutinam, reagem e matam. Matam o ódio, o preconceito, a desesperança, a manipulação das ideias e o que é arbitrário. Sou Dom Quixote e Sancho Pança, sou Ulisses e Menelau, canto rap e assobio nosso Hino, o Nacional e o da Independência. O Brasil não tem dono, diz o senador eleito. Amém! Digo eu. Porque nem todos sabem disso. Alguns têm medo do voto desencabrestado, desembestado, escrachado, violento, outros do voto amestrado, alinhado. Meu medo é que firam de morte a democracia, mas acredito em nossas combalidas instituições e nos homens de bem, onde quer que estejam. Os tempos são outros. Os extremos me inquietam, mas não me tiram o sono, se eu tiver que ir, irei pra Pasárgada, onde sou amigo do rei e terei a mulher que quero na cama que escolherei. Nossas maltratadas instituições ainda são cap

DO TEATRO AO CINEMA

Aos amigos que sentiram minha ausência nessas sete semanas informo que foi por uma boa causa. Além das viagens que fizemos com a peça "Grande Sertão Veredas" nos primeiros quinze dias de setembro por Manaus (Festival Passo a Paço), Santos (Festival

O LEGADO DE JOÃO DAS NEVES

Sexta-feira passada, dia 24, faleceu João das Neves, aos 84 anos, em Belo Horizonte onde morava. Um dos mais importantes realizadores do teatro brasileiro, cofundador do emblemático Grupo Opinião, ao lado de Ferreira Gullar, Vianinha, Paulo Pontes e outros nomes fundamentais do teatro brasileiro, núcleo de resistência cultural à ditadura militar a partir dos nos anos 60, que influenciou o teatro e a música no período.   Seu legado para as artes brasileiras, nos mais de 60 anos de atuação na cena teatral como dramaturgo, diretor, ator e escritor é enorme. Recebeu importantes prêmios de reconhecimento como a 29ª Medalha Chico Mendes de Resistência, em 2017, e homenagens na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, em 2015, e o Itaú Cultural, em São Paulo, no mesmo ano, além dos diversos prêmios com que foi contemplado, como o Molière (vários), Bienal Internacional de São Paulo, APCA, Golfinho de Ouro e Quadrienal de Praga. João das Neves manteve-se em ativi

O PAPA E O ADVOGADO

João Paulo II morreu e, naturalmente, foi para o céu. Ao chegar lá São Pedro gritou para o anjo que estava junto à porta: - Quem chegou? - O Papa. - Manda sentar no banquinho e esperar um pouco. Não demorou, bateram à porta de novo. - Quem chegou? - Um advogado. Naquele momento São Pedro saiu de trás do balcão, feliz, como se estivesse esperando o sujeito. Foi à porta, recebeu-o com um abraço e voltou com a mão em seu ombro. Levou-o a uma salinha onde tinha café, biscoitos, sucos, salgadinhos, bolos e uma garrafa de uísque especialmente para ele. O Papa que observava todo o movimento foi à salinha. - São Pedro, o Papa aqui sou eu. - Fica no banquinho, João, Papa aqui chega de vez em quando, advogado é o primeiro.

OS NOVOS TEMPOS

Enquanto o mundo fala do advento dos novos postos de trabalho, naquela que é conhecida como a quarta revolução industrial, que precisa de novos trabalhadores para trabalhos inteiramente novos, quando, pelo menos 50% das formas de trabalho que conhecemos desaparecerão nos próximos 20 anos. Mas outras formas serão criadas, coisas que sequer imaginamos farão parte do nosso dia a dia. O problema é que nós, brasileiros, corremos o risco de assistir esse trem do desenvolvimento passar ao largo sem termos as qualificações necessárias para ocupar um lugar nele, como perdemos as revoluções industriais anteriores. Porque nossos governantes nunca se preocuparam em nos dar uma educação adequada para esses tempos, nem se preocuparam em criar um ambiente que acolhesse os empreendedores. O aumento do número de vagas em universidades não quer dizer que temos universidades preparadas para nos dar as ferramentas necessárias para competir em pé de igualdade com as nações que com isso se preocuparam

QUEM É QUE VAI PAGAR?

Temos muitas coisas com que nos preocupar neste país esgarçado, mas a que mais nos entristece é ver a dicotomia que existe entre os poderes da nossa República e o povo, como se fossem de países diferentes, melhor, continentes diversos. Exemplo   recente está na proposta de aumento dos vencimentos de suas excelências estabelecida pelo STF. Num momento atribulado, dilacerado, como vivemos, assolado pela falta de recursos para saúde, para segurança, para educação, com as contas impagáveis, suas excelências acham que vivem num país de fartura e nos dão esse presente, mesmo sabendo que a partir do aumento de seus vencimentos outros virão atrás. Em nenhum momento pensaram naqueles, a maioria de nós, que não temos oportunidade de aumentar nossos próprios salários, e muitas vezes sequer encontramos quem pague por eles. Mas nós que pagamos os vencimentos de todos que dependem do dinheiro dos impostos, podemos perguntar: quem vai pagar por isso? Por uma justiça cara e falha? Que por

GRANDE SERTÃO: VEREDAS EM FORTALEZA

No próximo fim de semana o belo Teatro José de Alencar receberá nosso espetáculo Grande Sertão: Veredas , versão teatral de Bia Lessa do romance de João Guimarães Rosa . Devíamos ter iniciado nossa turnê nacional na última semana de maio exatamente por Fortaleza, mas a paralisação  dos caminhoneiros atrasou o início da excursão por cerca de trinta dias e mexeu na programação das cidades, por isso só agora chegaremos ao Ceará. A novidade é que faremos uma sessão a mais. Os amigos de Fortaleza podem contar não só com uma nova sessão, mas com a certeza que verão um belo espetáculo. Sucesso em todas as cidades por onde passou. Testemunhas são os públicos de B. Horizonte, Recife, Salvador e Brasília, estas cidades nos deram um público extraordinário, em torno de 20 mil espectadores que nos aplaudiu eufórico. O carinho que temos recebido não tem preço, é nossa carta de apresentação. Assim como fizemos nessas cidades, faremos igual para que o público de Fortaleza nos dê, da