Antunes Filho encantou-se, porque pessoas como ele não morrem. Foi para o mundo dos gênios, dos monstros sagrados e das fadas. O olimpo dos que não vieram ao mundo a passeio. Sempre foi um grande diretor, mas depois de Macunaíma elevou seu nome e o Teatro Brasileiro a um patamar até então não alcançado. Assisti ao espetáculo três vezes, duas aqui no Rio de Janeiro e uma em João Pessoa, tive a sorte de estar na Paraíba de férias quando a peça passou por lá. Após cada sessão sempre me perguntei: como é que ele chegou a essas soluções. Como é que a partir de um palco nu, isto é, limpo de objetos, ele consegue em tão pouco tempo enchê-lo e transformá-lo diante de nossos olhos como um mágico que tira o coelho da cartola sem deixar rastros. Foram momentos de encanto total. Primeiro, o palco ganhou todas as dimensões possíveis, aquilo que costumávamos ver no chão, com ele podia acontecer em qualquer dimensão do palco italiano. Porque quebrar a quarta parede para descobrir o
Blog de HUMOR, MEMÓRIA e OPINIÃO, não necessariamente nesta ordem. Mas não se iluda, a piada é requentada, a opinião é dos outros, e a memória... do que é mesmo que eu estava falando?