Um aperitivo do que poderá acontecer se o porte de arma for liberado. O conto faz parte de meu livro SUZANA EM COPACABANA. ENCURRALADO Josué acordou naquela segunda-feira certo de que aquele seria o dia do encontro com seu inimigo. Acordou é força de expressão, porque não dormiu, passou a noite remoendo suas estratégias de defesa. Há muito sabia que este encontro era inevitável, por isso se preparou adquirindo inicialmente um trinta e oito, depois, um rifle e farta munição, tudo comprado no mercado negro. O dia havia chegado. Colocou sua roupa camuflada de combate na selva, comprada num camelô ao lado da Central do Brasil, uma boina do Che, coturnos, pegou as armas azeitadas nos últimos dias, verificou a munição, trouxe tudo para a sala. Virou o sofá e as poltronas de frente para a porta, apoiou o rifle ali em cima, protegeu a janela cerrando as cortinas, tirou do bolso uma caixinha de chicletes e ali ficou, mastigando chiclete, esperando o inimigo. De surpresa não...