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MUITO ESTRESSE NINGUÉM MERECE

O estresse diário é um dos incômodos mais perniciosos de nosso tempo e ataca as mais diversas pessoas não importa a idade, a classe social ou etnia, somos todos vítimas dele. Com a morte de um parente, ou de um amigo, atinge-se o grau máximo desse incômodo, a demissão do emprego deve vir logo atrás, principalmente neste momento de poucas oportunidades. A correria dos dias, com o excesso de informações e a natural exigência da economia por melhores resultados deixa todos os trabalhadores a flor da pele. Viver no Brasil e principalmente no Rio de Janeiro é motivo constante de muito estresse, basta assistirmos ao noticiário e vermos o que os políticos fazem com nossos impostos, é assalto na mão grande. Transporte público, violência policial e medo de ser assaltado na próxima esquina, ou vítima de bala perdida, são outros motivos para estresse, agravado se o sujeito for de cor ou pobre de marré de si . Tudo é mais difícil e mais estressante para os que mais precisam. Mas dentro de ca...

2022 - UNIÃO E OLHO VIVO!

Apesar do drama político, econômico e social que o país vive, em especial no Rio de Janeiro, entregue aos corruptos e as milícias, devemos olhar para 2022 com esperança, mesmo que a nuvem da desesperança empalideça o horizonte. Este ano comemoramos dois marcos importantes para nossa história e nossa cultura, os 200 anos da Independência e os 100 anos da Semana de Arte Moderna, que revolucionou e moldou nossa identidade como nação. A Semana de 22 sacolejou a arte, a música e a literatura, mas foi além, colocou nossa miscigenação na ordem do dia, misturou os contrários e subverteu a ordem das coisas, revelando para a nação e para o mundo uma face pródiga, moderna, auspiciosa, de gente grande. As maiores cabeças do Brasil são protagonistas de 22, estiveram nas franjas do movimento, ou são filhas e netas da Semana. Como são os movimentos Bossa Nova, Cinema Novo e o Tropicalismo, momentos ímpares que nos representa e nos identifica no mundo. Desses movimentos saíram os artistas e inte...

COMO ESTÁ VOCÊ?

Às notícias que chegam de nossas guerras particulares nos dão a triste notícia do quanto os dois últimos anos afetaram dramaticamente nossa saúde mental. O isolamento social, a angústia de não saber como seria o dia de amanhã, a distância dos parentes e amigos, a dúvida se nos veríamos de novo, a prisão involuntária dentro de casa, tudo isso nos afetou a ponto de colocarmos em dúvida o futuro. Alguns mais, outros menos, mas todos deixamos parte de nossas certezas para trás, nos recolhemos a espera da ciência ou de um milagre, ninguém ficou ileso. Nem os negacionistas com suas insensíveis certezas, suas arrogâncias cegas, podem dizer que se saíram cem por cento. Todos estamos pagando nossa pequena ou grande parte de medo, ou de perda efetiva para a Covid-19. Por muito tempo seremos afetados por ela e pela parte escura da humanidade que se agarra nesse negacionismo irracional. Mas independente de que lado estamos, somos todos vítimas. Por isso gostaria de saber como você está? Quer...

OLHA O COMETA!

  O filme do ano que passou é, sem dúvida, Não olhe para cima , que continuará dando o que falar em 2022. Com direção de Adam Mckay e elenco estelar encabeçado por Leonardo DiCaprio e Kate Dibiaski, dois astrônomos que descobrem um cometa em rota de colisão direta com a Terra. O elenco ainda traz entre outros excelentes atores a Meryl Streep como a presidente dos Estados Unidos, e Jonah Hill como seu filho e chefe de gabinete. Com apenas seis meses até o cometa se chocar com a Terra, depois de ser desdenhado pela presidente e seu estafe, o casal de cientistas faz um tour pelos meios de comunicação tentando mostrar as pessoas o perigo que todos correm e como são as pessoas que as governa, e é aí que a comédia, ou a tragédia acontece, ao revelar um público alienado e indiferente, obcecado pelas mídias sociais, vivendo dentro de nichos de mercado, ou ideológicos, mostrando a face   chocantemente cômica do filme e de nossa realidade.   Tenho lido críticas e comentários q...

A PESTE DA PESTE

A leitura do romance A Peste , de Albert Camus, lançado em 1947, traz exemplos e ensinamentos significativos para nós. O livro é uma dessas obras que não envelhecem, nem saem de cena, e tornou-se mais urgente neste momento de pandemia que estamos vivendo, e não é por acaso.  A história começa numa manhã de abril dos anos de 1940, o doutor Bernard Rieux sai do seu consultório e tropeça num rato morto. Este é o primeiro sinal do que vem a ser a epidemia de peste que em breve tomará conta da cidade de Orã, na Argélia. Forçada a quarentena, a cidade se torna um território irrespirável e os seus habitantes passam a viver momentos de muito sofrimento e loucura, mas também de muita compaixão. Uma história arrebatadora sobre o horror, a sobrevivência e a resiliência do ser humano. A população reage, indo da apatia à ação, e alguns, como o protagonista, se expõem ao risco para enfrentar a disseminação da doença. Mas há os aproveitadores, como o personagem que lucra com um mercado parale...

A TERCEIRA ONDA

Os técnicos do SUS já comunicaram ao governo a iminência da terceira onda da COVID-19, mais letal e mais devastadora (tomara que não), mas o presidente veio ao Rio de Janeiro fazer comício no Aterro do Flamengo diante do Monumento dos Pracinhas e carreata, seguido por mais de mil policiais, segundo fontes do governo estadual, que era para fazer sua segurança, mas serviu mesmo para mostrar apoio, e engrossar a manifestação, que contou inclusive com Pazuello, o ex-ministro da saúde. Todos sem máscaras, o que facilita o trabalho da CPI quando pretende demonstrar que o general mentiu quando negou que não propagou o kit covid e o não uso de máscara. Não seria necessário porque os crimes de responsabilidade estão mais do que demonstrados durante todo esse tempo, mas o comício de hoje de manhã foi mais tétrico, porque desnecessário, campanha fora de época. Durante todo esse tempo de pandemia, já com quase 450 mil mortos e muito mais de sequelados, o presidente nunca visitou um hospital para...