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38 ANOS HOJE!

Há 38 anos, exatamente em 31 de março de 1983, estreamos no SESC da Tijuca, no Rio de Janeiro, a montagem original de O HOMEM DE NAZARÉ – A Via Sacra de Hoje, com mais de 80 integrantes no elenco, participantes de sete Grupos de Teatro do SESC, e uma equipe técnica e de apoio de cerca de 40 pessoas.   Havia escrito o texto em 1982 achando que iriamos fazer um ou dois anos com nosso grupo da Tijuca e eu já estaria muito feliz. Ocorre que levei a proposta para a reunião de técnicos que ocorreu em novembro daquele ano, e nossa proposta virou a proposta de todos os grupos para o ano seguinte. No Rio fizemos uma produção conjunta e direção coletiva envolvendo grupos de sete unidades do SESC: Tijuca, Ramos, Niterói, Copacabana, Madureira, São João de Meriti e Engenho de Dentro, e foram feitas montagens locais em Friburgo e Três Rios. Fizemos um lindo espetáculo na Tijuca, usando os jardins do Centro de Atividades como cenário natural e apenas dois palcos na parte de cima, o das cruzes

UM GENERAL INCOMPETENTE E UM MÉDICO SUBSERVIENTE, OS MALES DO BRASIL SÃO!

A foice afiada da maior das indesejadas vem fazendo sua colheita diária com um sucesso espantoso, como jamais se viu. Estamos chegando às quatro mil almas perdidas diariamente para o vírus que tem mais amigos no Brasil do que se pensa. A começar pelo presidente, chefe do batalhão, no comando da insensatez. Tudo que podia ter sido feito no passado, e a tempo de nos livrar dessa tragédia, foi ignorado, e o que foi feito traz a marca da incompetência, da insensibilidade e da corrupção. O dinheiro gasto com os hospitais de campanha que não foram entregues, ou foram apenas em parte, com respiradores inadequados, máscaras superfaturadas, profissionais mal remunerados e insuficientes, tudo com o ágio da corrupção brasileira, tem sido a crônica diária dessa pandemia.       Querem os culpados? Aqui vão: o presidente dirige o manicômio; governadores e prefeitos corruptos contabilizam a propina, empresários organizam a festa, e a inconsciência coletiva, que não aceita mimimi , enfrenta de pei

HOJE É O DIA DELA!

Hoje é o dia de dona Tereza Rodrigues Monteiro, minha mãe! Essa é uma das fotos que mais gosto dela. Já estava com quase 80 anos. Hoje ela faz 94, lúcida, forte, pronta para mais outros anos. Ela me deu a vida, o carinho e a paciência para enfrentar os problemas, sem desanimar. Não lhe dou um abraço há mais de um ano, porque a pandemia não tem permitido, mas na primeira oportunidade mataremos a saudade com muitos abraços, beijos, sorrisos. Falaremos das novidades, e de outros assuntos tão velhos, que de tão repetidos se renovam, sempre com gosto de primeira vez, porque a seu lado tudo é novo e verdadeiro, tudo é bom e tem sabor, tudo se renova como a relva de cada manhã. Não importa onde eu esteja, como eu esteja, eu sei que ela reza por mim, e isso me fortalece, me alegra, e me centraliza no mundo. Eu sei quem sou, de onde vim e como devo seguir meu destino. Parabéns minha mãe por seus 94 anos! E obrigado por seu carinho e seu amor! Amor que me enche e que transborda para minh

14 DE MARÇO E A VOZ DOS EXCLUÍDOS

O dia 14 de março é prodigioso em nossa literatura, nesse dia nasceram o poeta Castro Alves, Carolina Maria de Jesus, nossa primeira escritora negra, Carlos Heitor Cony, de Quase Memória e João Felício dos Santos, de Gamga Zumba e Xica da Silva . Os homens deram voz aos excluídos e a mulher, ela própria uma excluída, ousou escrever e se transformou na mais importante escritora negra do país, prestigiada no exterior.   CASTRO ALVES (Antônio Frederico), nasceu em Muritiba, BA, em 1847.  Conhecido como o poeta dos escravos, faleceu de tuberculose em 6 de julho de 1871, aos 24 anos, sem ter podido concluir seu mais ambicioso trabalho, o livro Os Escravos , uma série de poesias em torno do tema da escravidão.  O negro, escravizado, dificilmente se podia elevar a objeto estético, mas Castro Alves eleva-o dessa condição, numerosas vezes. Para a maioria dos escritores que trataram do tema, o problema social surgiu como consciência literária, o abolicionismo era visto apenas como sentimento

MOACYR FÉLIX, DE "O PÃO E O VINHO"

Moacyr Félix, poeta, escritor, editor, e intelectual brasileiro , é um dos autores lembrado s em nosso podcast d esta quinta-feira, ao lado de Ribeiro Couto, Manoel Bastos Tigre e Peregrino Júnior. Moacyr nasceu no Rio de Janeiro,  em 11 de março de 1926,   e morreu também no Rio de Janeiro, em 25 de outubro de 2005,   portanto, estamos a 95 anos de seu nascimento. Foi um poeta e escritor combativo, ligado aos movimentos contra a ditadura militar, pelo que pagou caro. L ançou seu primeiro livro de poesia,  Cubo de Trevas, em 1948 . Formou-se em Letras na Sorbonne, e estudou Filosofia no Collége de France. Até 1954 foi redator e locutor de um programa da Radio e Televisão Francesa para a América Latina. De volta ao Brasil, trabalhou como redator da revista literária  Marco,  e  foi redator e locutor de um programa semanal sobre poesia e literatura na Rádio Ministério da Educação e Cultura. Ainda nos anos 50 colaborou em periódicos como  Correio da Manhã ,  Diário de Notícias ,  Alg

JOSÉ MAURO E MEU PÉ DE LARANJA LIMA.

Conheci José Mauro de Vasconcelos uma noite no hotel em que estava hospedado em São Carlos-SP, quando estive na cidade para participar do Festival de Teatro em 1971, ou 1972, não lembro agora. Na meia hora em que estive com ele, certamente influenciado pela leitura de seus livros, fiquei com a impressão de estar diante de uma pessoa muito tranquila, quieta, mas o que vim descobrir depois foi exatamente o contrário. Desde jovem ele foi muito inquieto, filho de família pobre nordestina, de origem indígena e portuguesa, ele nasceu em Bangu, bairro do Rio de Janeiro, em 26 de fevereiro de 1920. A família mudou-se em seguida para São Paulo, mas ele teve que deixar os pais ainda criança para viver com os tios em Natal, onde aprendeu a nadar no rio Potengi e se tornou um exímio nadador, ganhou vários campeonatos de natação. Nessa época, já gostava dos  romances  de  Graciliano Ramos ,  Paulo Setúbal  e  José Lins do Rego . Entrou na faculdade de medicina, ainda em Natal, mas abandonou o c

RESPIRA, RESPIRA, AINDA DÁ PRA RESPIRAR!

O ambiente está tóxico, mas ainda dá para respirar. Ninguém vai se salvar sozinho, ou nos salvaremos coletivamente, ou o desastre será geral. Mesmo que você tivesse uma nave para lhe levar para outro planeta, você não teria condição de ir sozinho. Ninguém povoa uma ilha, ou um planeta, sozinho. A divisão social e a individualidade que experimentamos neste momento, exacerbadas pelo ambiente político e pela pandemia, revela-nos uma face truculenta, ignorante, mesquinha, individualista, corrupta e irresponsável, que coloca em risco não apenas nossa democracia, mas nossa sobrevivência como espécie, bem como o meio ambiente, a flora e a fauna. Isso é o que irá acontecer se deixarmos o ministro passar toda a boiada.   Todo ser humano com um mínimo de bom senso já compreendeu que a vacina é a única saída para vencermos o COVID-19 e seus desdobramentos. Pelo que preveem os estudiosos estamos às portas de um tsunami epidemiológico de proporções apocalípticas. Enquanto isso vemos o negacio