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MACHADIANAS CÊNICAS

Faz décadas que fiz o último trabalho com essa turma, há um ano voltamos a nos encontrar e surgiu a ideia de algum trabalho. Não deu outra, surgiu uma web série de mini capítulos que logo será lançada, assim como o projeto Machadianas Cênicas , com o objetivo de levar para cena a obra não dramática de Machado de Assis. Começamos com o conto A Cartomante , depois virão A Igreja do Diabo, Adão e Eva, Na Arca e, por fim, vamos encarar o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas . Vai duvidar? É projeto para ficarmos um bom tempo juntos. Porque, na verdade, o que a gente deseja é isso. Li recentemente que a longevidade será maior para quem tiver amigos, abraços e alegrias. Pois o que não falta nessa turma são amizade e alegria. Têm umas picuinhas também, briguinhas à toa, mas ninguém leva a sério, quando alguém se enfeza a gente ri na cara e termina tudo. Coisas que acontecem entre irmãos, e nessa turma são muitos espalhados por aí. Conseguimos juntar esses, com amigos de outras jornada

POR QUE O SUPREMO INCOMODA?

Ouço pessoas satisfeitas com o avanço de Bolsonaro sobre o Supremo, ele diz que os ministros não o deixam trabalhar, isso porque lhe impedem o avanço golpista. Podem-se ter todas as reclamações contra os ministros, mas o STF hoje é a única muralha contra o autoritarismo da direita e da esquerda. Foi assim com o PT e está sendo com Bolsonaro. Mas a reeleição de Bolsonaro será a pá de cal sobre o equilíbrio dos poderes e a submissão do Supremo diante do executivo. As propostas para isso já foram apontadas por Mourão, vice-presidente e agora eleito senador. A solução é aumentar a quantidade de ministros no Supremo nomeando simpatizantes do governo. O mesmo caminho da Venezuela, que o presidente aponta como mau exemplo, como foi o da Hungria e da Rússia, que chegaram à ditadura pelo voto. Hoje todos esses povos, levados pelo patriotismo, pela ideologia política, pela pauta dos costumes e pela mentira, amargam a derrota para um inimigo violento que lhes tira a democracia, e o desenvolvi

BENEFÍCIOS DE TER UM PENSAMENTO POSITIVO

Vivemos um momento especialmente difícil em nossas vidas de brasileiros espremidos entre dois blocos ideológicos que nos deixam pasmos diante dos absurdos de violência, populismo e degradação das contas públicas, que nos deixam de orelhas em pé feitos cachorros atentos.   Mas é neste momento difícil de nossas vidas que precisamos manter o otimismo.   O otimismo é uma virtude que os pessimistas se recusam a ver seus benefícios. O otimismo é retratado como trazendo felicidade e plenitude à vida, e, verdade seja dita, essas não são apenas palavras. O pensamento positivo traz para nossas vidas; saúde, confiança, relacionamentos..., sim, porque as pessoas preferem se relacionar com pessoas positivas. Se você ainda não exercita o pensador positivo, aqui vão algumas razões pelas quais você deve aderir a uma mentalidade positiva. Pessoas positivas lidam melhor com o estresse. É normal passarmos durante a vida por momentos de dificuldade, especialmente nesta quadra em que vivemos.  Mas um

FANATISMO RELIGIOSO E CASO DE POLÍCIA

A dominação pela fé é um crime recorrente que acontece no mundo cristão mais que nos outros é o que nos parece, sempre com os ingredientes de abusos psicológicos, morais, financeiros e sexuais, mas em nome de Jesus naturalmente. A Netflix nos traz mais uma dessas aberrações contra uma população, a série policial, “Rezar e Obedecer”, um mergulho no universo do fanatismo religioso assustador. Seus quatro episódios, com direção de Rachel Dretzin, documenta o funcionamento da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, uma denominação mórmon, cujos membros praticam a poligamia. Conhecida pela sigla FLDS, a sede da igreja no Texas foi alvo de uma investigação policial em 2008, que mostrou sinais de abuso sexual, físico e psicológico em mulheres, algumas menores de idade. Segundo a série, elas são forçadas a se casar com homens mais velhos. O tema principal de “Rezar e Obedecer” é a ascensão de Warren Jeffs ao comando da FLDS. Ele é filho de Rulon Jeffs, que dirigiu

OS TOLOS E OS ATOLADOS

Somos tolos quando acreditamos sem nunca desconfiar, sem exercitar o beneficio da dúvida que sempre protege os mais sensatos. Atolados são os que acreditam que a mentira sempre vence. Como diz o velho ditado ela tem pernas curtas, algumas mais curtas que as outras. Mas os mentirosos estão sempre na crista da onda, quer sejam religiosos, políticos, gurus ou maridos perfeitos. O momento atual tem nos dado exemplos de sobra sobre como nós, os tolos, protegemos aqueles que são ou serão atolados na próxima curva da história. O ex-ministro e os pastores do Ministério da Educação agora presos, estão nesta categoria, mas fizeram tudo em nome de Jesus, com o “Brasil acima de todos e Deus acima de tudo”. Pediram até quilo de ouro para liberar verbas do Ministério para as cidades. Mas tudo em nome do Senhor. "O patriotismo é o último refúgio do canalha", disse o conhecido literato inglês, Samuel Johnson, e podemos acrescentar que no nosso caso ele, o patriotismo, vem acompanhado de

E OS SERTANEJOS, HEIN?

  A guerra do governo contra a cultura e especialmente a Lei Rouanet, diante dos cachês milionários dos sertanejos que engrossam o coro do governo contra a Lei de Incentivo, mostrou mesmo o que sempre foi, uma grande farsa. Gritam eles contra a Rouanet enquanto estão levando o dinheiro público direto na veia, sem controle. Para os que não sabem o controle dos gastos na Lei Rouanet sempre foi extremamente rigoroso, você tem que apresentar nota para um alfinete que compre. Claro que não sou ingênuo de achar que não há corrupção em um ou outro grande projeto de milhões, mas corrupção é moeda corrente no Brasil. E os grandes corruptos encontram sempre defensores, são perdoados a toda hora, é o que vemos. Ver os sertanejos gritando contra a Rouanet como se fossem defensores do dinheiro público é um mal que fazem não apenas aos artistas, cuja maioria depende dos apoios e patrocínios para colocar os projetos na rua, mas a cultura como um todo e o desenvolvimento artístico e intelectual do

CULTURA DA VIOLÊNCIA

A cultura de violência instalada no país não é de hoje, mas nunca foi tão grave, desde a ditadura militar, passando pela corrupção dos últimos governos, especialmente no Rio de Janeiro, na promiscuidade entre políticos, milicianos e crime organizado, para domínio de territórios. Mas o que já era grave vem ultrapassando as barreiras do suportável à medida que vão se aproximando as eleições, que pelo andar da carruagem, serão muito difíceis. Essa percepção está nos detalhes do que vamos juntando, um pedaço aqui, outro acolá, e o cenário vai se formando. Um bombeiro atirar num atendente de lanchonete por discordar do atendimento não é um caso isolado, faz parte desse clima de violência, liberação de armas e empáfia da truculência. Ele se junta as mortes de inocentes provocadas por policiais ou bandidos nas comunidades, as atitudes do vereador que forja batida policial e invade hospitais públicos como se fosse justiceiro, passa pelo deputado criminoso que se recusa a receber intimaçã