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Mostrando postagens com o rótulo Política e Sociedade

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QUEM DEFENDE O CIDADÃO?

No mesmo momento em que Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, baixa uma resolução que freia todas as operações contra a corrupção, nisso incluso não só os agentes públicos corruptos, mas ainda a lavagem de dinheiro do crime organizado e do terrorismo, afirmando que faz para defender o cidadão contra possível devassa em seus dados pessoais. O Presidente da República, por sua vez, leva para debaixo de suas asas a ANCINE, responsável pela política do audiovisual no país. Levando-a do Rio de Janeiro, onde vive grande parte dos produtores do audiovisual, para Brasília, onde não há produção expressiva, para ficar perto dele e assim poder controlar, como revelou, para que não ajude a produções de filmes como aquele sobre a vida de Bruna Surfistinha. Alegando que faz isso em nome da família. Como se todas as famílias brasileiras pensassem iguais e quisessem as mesmas coisas, como se o dinheiro público não pertencesse a todas elas, mas só a parte delas, aquelas que pensam

A REFORMA REFORMA TUDO?

No balaio da reforma da previdência de tudo tem na feira das virtudes e imposturas. Porque depois de tudo que vivemos, depois do nosso atraso crônico, depois dos descalabros na saúde, na segurança, na educação e no baixo desenvolvimento industrial, que nenhum governo conseguiu resolver com a necessidade que a nação precisa, e da derrocada do sistema de previdência que alguns não veem por medo do futuro, outros por incapacidade de fazer cálculos e outros por puro oportunismo político, nos vemos nas mãos de congressistas malandros que sem um mínimo de cidadania boicotam o futuro das novas gerações. Como os que pretendem deixar estados e municípios fora da reforma geral da previdência com receio de perderem votos nas próximas eleições. O que também fazem governadores do Nordeste, que mesmo sabendo que estão sob uma bomba relógio previdenciária, que irá explodir logo ali à frente, arrotam o discurso da defesa do trabalhador. Populismo canhestro porque ninguém precisa ser expert

QUEM ELEGEU LULA, DILMA E BOLSONARO?

Há sete meses das eleições e Bolsonaro ainda não sabe por que ganhou, nem o PT quer saber por que perdeu. Enquanto o presidente acha que foi eleito porque o filho sabe mexer nas redes sociais, o PT acha que perdeu porque de repente os brasileiros se tornaram fascistas, amantes das armas e contra os pobres. São as narrativas de Bolsonaro e dos petistas. É preciso lembrar que somente os votos da esquerda não elegeriam Lula para o primeiro mandato, nem os votos dos bolsominions teriam elegido Bolsonaro. Foi preciso que Lula fizesse a carta aos brasileiros se comprometendo com a segurança dos contratos, em não confiscar a poupança do povo etc. Assim ele trouxe as pessoas do centro para seu lado e se elegeu. Para Bolsonaro foi mais fácil, bastou meter o pau no PT e amedrontar o povo com a volta do partido que institucionalizou a corrupção e levou o país a maior recessão de sua história, assim trouxe o centro para seu lado. Portanto, quem elegeu Lula, Dilma e Bolsonaro foram a

TREM DOS INSENSATOS

A locomotiva nacional corre no desfiladeiro para destino incerto, leva homens bons, maus, santos e demônios, e a esperança para o purgatório das almas. Tudo é dantesco, mas é o que temos para hoje. A imagem me vem à cabeça quando penso em nossa situação econômica, e recordo uma passagem que bem representa o conhecimento das pessoas sobre a economia do país. Faz algum tempo, nem lembro se dentro da considerada década perdida dos anos 80, a lembrança é de uma mulher chorando diante dos muros de uma grande empresa que havia fechado as portas. Na frente estavam os empregados protestando pela perda do trabalho, e a mulher, cujo esposo estava entre eles, apontava chorando para o enorme prédio e dizia: - É mentira, como é que uma empresa desse tamanho não tem dinheiro? Acusava os empresários de maldade por terem fechado a fábrica. Ela confundia a grandiosidade do prédio com a saúde financeira e econômica da empresa, para ela uma coisa representava a outra. Esse é o pensamento c

NEM CUBANOS, NEM BRASILEIROS

Com a saída abrupta dos médicos cubanos depois da eleição de Bolsonaro ano passado, deixando populações desassistidas por todo o país, e com a promessa do governo eleito, não só de repor essas vagas com médicos brasileiros, mas ainda de aproveitar os cubanos que quisessem permanecer no país, parecia que essas populações não ficariam sem médicos por muito tempo. Como sabemos, o governo tentou preencher as vagas, no entanto, mais de mil médicos contratados não apareceram para assumir seus postos, outros chegaram a ir, mas logo desistiram. Como se não soubessem o que iriam encontrar. Não sei se é piada, mas soube que alguns ao assinar o contrato e antes de assumir perguntaram se havia shopping na localidade. Deve ser piada, né? Os cubanos que aqui ficaram sequer foram contatados para assumir os postos onde haviam trabalhado. Isso depois de terem demonstrado suas aptidões, suas competências, e as comunidades permanecem desassistidas e esquecidas, mas aí vem às perguntas. -

FOGO, HISTÓRIA E SOCIEDADE

Visita a Notre-Dame em outubro de 1987. Foi triste ver nesta segunda o fogo lambendo a Notre-Dame de Paris, como foi muito triste ver o fogo consumindo o nosso Museu Nacional há sete meses. Guardadas as proporções é inevitável a comparação para nós, entre os 850 anos da dama francesa e os 200 e poucos anos do nosso museu, mas assim como no fogo da Notre-Dame, diversas relíquias de importância histórica para as Américas e mundial também foram consumidas pelo fogo no Museu Histórico. A comoção nacional foi muito dolorida para nós, e é agora para os parisienses, os europeus e para o mundo que perde parte desse patrimônio inestimável, mesmo que o prédio seja todo restaurado, porque algumas das peças consumidas no incêndio de agora, como no nosso, jamais serão reconstruídas, estão perdidas para sempre. As novas gerações só poderão vê-las através de fotos.   Mas aqui terminam as comparações. Enquanto os objetos recuperados na Notre-Dame serão levados para o Museu do Louvre,

INFORMAÇÃO OU SENSACIONALISMO?

É informação ou sensacionalismo, o que vêm fazendo as TVs na cobertura do atentado à escola em Suzano? Diante da tristeza que acompanha a tragédia daqueles jovens e de suas famílias, que nos deixa à deriva tentando entender e explicar o inexplicável nos vimos estupefatos por permitir, mesmo involuntariamente, que coisas dessa natureza possam ocorrer em nosso meio. Bárbaros assassinos que fazem a humanidade descer tão baixo. Mas não precisava a TV nos lembrar, exaustivamente, da forma como todos os canais vêm fazendo, especialmente a Globo por ser a mais acessada. A repetição exaustiva das cenas de terror, a exposição dos nomes e das fisionomias dos tresloucados assassinos, e mais do que isso, de seus movimentos criminosos, parecem mais uma propaganda. Para as mentes doentias iguais a desses criminosos a exposição de seus atos, dessa maneira, serve de estímulo. Nesses casos os meios de comunicação, em especial a TV, deveriam se prender aos aspectos de bravura dos que sobrev

DA NEGLIGÊNCIA À IMPUNIDADE

Das coisas que li ultimamente, a mais sintética sobre o país foi o texto de Joaquim Ferreira dos Santos, em O Globo: “O país sem alvará para funcionar.” Vimos de tragédia em tragédia, esquecendo uma na dor da outra, sem que se punam os culpados, quer sejam naquelas provocadas pela irresponsabilidade dos gestores, no caso de empresas e instituições, ou mesmo naquelas naturais, quando a inercia dos gestores públicos deixam as comunidades a sua sorte.

CLUBE DA MALDADE

A conivência dos nossos senadores com os membros do Supremo neste momento difícil em que vive o país, demonstra a união dos maus, dos sem escrúpulos, contra a nação. Há muito sabemos que nossos senadores e os membros do Supremo Tribunal Federal estão ligados muito mais em seus interesses do que nos da nação, assim mesmo eles são capazes de nos surpreender ainda mais com o que são capazes de fazer. O que o presidente do Senado, Eunicio Oliveira, naturalmente em combinação com o Toffoli, presidente do Supremo, fizeram está semana com todos nós é de uma maldade inominável. O primeiro não foi reeleito e por isso deve estar com muita raiva, mas independente disso, demonstra ser uma pessoa malévola que na calada da noite, como qualquer criminoso que se presa, empurrar contra a nação já combalida, quase falida, com a previdência quebrada, com milhões de desempregados, com falências na saúde e na segurança pública, cujo horizonte se mostra turvo, mal definido, empurrar por

OS NOVOS TEMPOS

Enquanto o mundo fala do advento dos novos postos de trabalho, naquela que é conhecida como a quarta revolução industrial, que precisa de novos trabalhadores para trabalhos inteiramente novos, quando, pelo menos 50% das formas de trabalho que conhecemos desaparecerão nos próximos 20 anos. Mas outras formas serão criadas, coisas que sequer imaginamos farão parte do nosso dia a dia. O problema é que nós, brasileiros, corremos o risco de assistir esse trem do desenvolvimento passar ao largo sem termos as qualificações necessárias para ocupar um lugar nele, como perdemos as revoluções industriais anteriores. Porque nossos governantes nunca se preocuparam em nos dar uma educação adequada para esses tempos, nem se preocuparam em criar um ambiente que acolhesse os empreendedores. O aumento do número de vagas em universidades não quer dizer que temos universidades preparadas para nos dar as ferramentas necessárias para competir em pé de igualdade com as nações que com isso se preocuparam

QUEM É QUE VAI PAGAR?

Temos muitas coisas com que nos preocupar neste país esgarçado, mas a que mais nos entristece é ver a dicotomia que existe entre os poderes da nossa República e o povo, como se fossem de países diferentes, melhor, continentes diversos. Exemplo   recente está na proposta de aumento dos vencimentos de suas excelências estabelecida pelo STF. Num momento atribulado, dilacerado, como vivemos, assolado pela falta de recursos para saúde, para segurança, para educação, com as contas impagáveis, suas excelências acham que vivem num país de fartura e nos dão esse presente, mesmo sabendo que a partir do aumento de seus vencimentos outros virão atrás. Em nenhum momento pensaram naqueles, a maioria de nós, que não temos oportunidade de aumentar nossos próprios salários, e muitas vezes sequer encontramos quem pague por eles. Mas nós que pagamos os vencimentos de todos que dependem do dinheiro dos impostos, podemos perguntar: quem vai pagar por isso? Por uma justiça cara e falha? Que por

QUANTO VALE UMA VIDA HUMANA NO BRASIL?

A se verificar pelo atendimento na emergência do hospital Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, vale muito pouco. Os filhos chegaram ao hospital com a mãe agonizando, as médicas de plantão, uma sentada mexendo no celular como nos revelou as imagens gravadas pelo filho da doente, esperava um papel de encaminhamento para atender. Não estava mexendo no WhatsApp, diz a médica, mas lendo sobre doenças. A senhora não recebeu atendimento e os filhos foram obrigados a levarem-na para uma UPA onde, depois de atendida, não resistiu, vindo há falecer poucas horas depois. Diante do absurdo da situação e do desrespeito não só com aquela família, mas com todos nós que pagamos os salários daqueles profissionais que estavam no plantão, nos sentimos tão chocados e agredidos como os membros daquela família. Mas aí vêm as perguntas: Por que aquela senhora não foi atendida? Por que uma média numa emergência precisa esperar atrás de uma mesa um papel que encaminhe os doentes? O que essa médica a

SEM ESPERANÇA NÃO HÁ ALEGRIA

Não sei como foi na vizinhança de vocês no momento em que Felipe Coutinho fez o gol do Brasil na Copa, mas, por aqui, pareceu que o gol fora da Suíça, porque não ouvi os gritos de alegria de sempre, nem estrondo de bombas, nem gritarias nas janelas, essas manifestações educadas de nossos torcedores. A não ser nos locais de concentração mostrados na Globo. Passei o restante da partida pensando não em mim que sempre fui torcedor moderado, mas nesses que veem a Seleção como a pátria de chuteiras , a vitória da Seleção como sua maior alegria, e fiquei sentido por eles mais do que por mim, tentando identificar dentre nossos problemas, quais os que mais tiram neste momento nosso entusiasmo, nossa alegria.   Não é desconfiança na seleção, como sabemos, ela está mais bem preparada que a de 2014.   O que nos faz tão desanimados nessa Copa, então?   Será o fantasma dos 7 a 1 da Copa passada, ou porque falta na corrida presidencial um nome que traga alguma esperança de dias melhore

QUEM MATOU MARIELLE?

O assassinato da vereadora e ativista política Marielle Franco, que a partir de agora deixa de ser apenas do Rio de Janeiro e do PSOL, e passa a ser de todos nós brasileiros, já fartos com a impunidade e os crimes que vitimam ativistas políticos, sociais, líderes rurais e jornalistas. Esses crimes estão em todas as regiões do país onde os que se consideram donos das coisas e das pessoas, se arvoram em donos da razão. Marielle morreu porque estava do lado da razão.

POR QUE VOTAMOS TÃO MAL?

O populismo e a falta de diretrizes claras fazem nossas cidades reféns do improviso e da incompetência de nossos gestores públicos. O Rio de Janeiro, cidade que a natureza fez bela, mas que os homens teimam em enfear, passa no momento por uma administração desastrada, cujo prefeito sempre tem alguma solução para os problemas, mesmo que as soluções que propõe nem sempre sirvam ao propósito, ou vêm contra o consumidor.

FINALMENTE AS CINZAS

Como na Marcha da quarta-feira de cinzas , de Toquinho e Vinicius de Moraes, “...saudades e cinzas foi o que restou...” nesse carnaval da desordem, de arrastões, de assaltos. Mas não só isso. É admirável a resiliência desse povo.

SORRIA, É CARNAVAL!

Hoje peço licença a Bernardo Mello Franco para reproduzir seu texto publicado em O Globo, para os que não leram naturalmente e estão indignados com o auxilio-moradia dos magistrados, para lembrar que é carnaval e nem tudo está perdido, que ainda há esperança e que nem todos confundem direitos com moralidade pública. Bom Carnaval para todos!